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Coluna Ozinil Martins | O Futuro do Trabalho Pós Pandemia!
07 de Maio de 2020

Coluna Ozinil Martins | O Futuro do Trabalho Pós Pandemia!

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Por Prof. Ozinil Martins de Souza 07 de Maio de 2020 | Atualizado 07 de Maio de 2020

Um dos temas que já deveria estar sendo debatido pelas lideranças mundiais e de cada país é o futuro do trabalho. O que se percebe é o avanço da Inteligência Artificial sobre funções antes objeto do trabalho humano.

O tema é recorrente em meus espaços nos meios de comunicação e tem uma preocupação permanente: o que vai ser feito com o contingente enorme de pessoas que serão desalojadas de seus empregos pela Inteligência Artificial? Se não bastasse o que já vinha acontecendo de maneira efetiva, a pandemia do Covid-19 obrigou as empresas a praticarem formas diferenciadas para manterem suas operações e suprirem os mercados com seus produtos. Processos que já vinham sendo realizados de maneira lenta e gradual adquiriram velocidade. Um exemplo marcante foi o trabalho realizado em casa (home office). Muitas empresas irão descobrir vantagens nesta forma de trabalho e o implantarão, reduzindo seus custos e mantendo ou aumentando a produtividade do trabalho.

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Outro setor que sofreu forte impacto foi o da educação. Ao terem as aulas suspensas por decisão governamental e pelo período desta suspenção se estender, as escolas de ensino fundamental e médio, se sentiram na obrigatoriedade de buscar socorro no Ensino a Distância (EaD). Claro que os resultados são questionados em função do despreparo dos pais para auxiliarem no processo de ensino-aprendizagem. Se esta mudança veio para ficar? Não tenho a menor dúvida. Isto vai exigir mudanças enormes, que já estavam sendo praticadas pelo ensino superior, e que sofrerão resistências dos conservadores, que alegarão questões como qualidade, socialização e por aí vai.

Com certeza, pelo momento que vive a humanidade, todos os processos que regem o processo do trabalho estão sendo questionados e, impulsionados pela pandemia, modelos diferentes e supressores de postos de trabalho estão sendo pensados. Recentemente tomamos conhecimento de que uma grande Universidade está usando, ao invés de professores tutores, a inteligência artificial para atender e suprir necessidades de seus acadêmicos; também vimos em imagens mostradas pela televisão o uso de drones para fazerem a limpeza biológica de determinadas áreas; Na China, acompanhamos robôs entregando medicamentos a doentes e levando-lhes sua alimentação. Enfim, postos de trabalhos sendo eliminados ou mudando as exigências de perfil de seus executores.

Apenas uma certeza no momento em que vivemos; a mudança será parceira constante no futuro do trabalho e muitos postos, principalmente aqueles que exigem força física ou que demandem ações repetitivas, serão eliminados.

A moeda mais forte que o trabalhador terá, em momentos como este, é a criatividade e a capacidade de recriar-se para enfrentar a pandemia da mudança que nos espera daqui à frente. Infelizmente o desemprego vai crescer, o governo vai ter que criar modelos que permitam as pessoas viver com dignidade e, a cada trabalhador caberá qualificar-se para oferecer ao mercado aquilo que está sendo demandado. Será que, no Brasil, estamos preparados para o momento?

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