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Coluna Ozinil Martins | Movimentos pela mudança na política!
26 de Agosto de 2019

Coluna Ozinil Martins | Movimentos pela mudança na política!

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Disputa interessante está acontecendo entre as velhas raposas do Congresso Nacional e algumas das novas e arejadas mentes eleitas na última eleição, que ainda são poucas, mas estão provocando turbulências. Tábata Amaral enfrenta o ranço do presidente do PDT, Lupi Martins; o motivo: a jovem deputada está mexendo em casa de marimbondos! Votou a favor da reforma da previdência e da lei da liberdade econômica e agora, participa de um grupo de jovens deputados que pretendem quebrar as velhas e rançosas estruturas que formam o esclerosado Congresso Nacional. Pretendem, estes deputados, que militam em movimentos como Acredito, Transparência Brasil e Agora! que haja limites de mandatos para os dirigentes partidários e que as prestações de contas não se limitem mais aos tribunais eleitorais e sejam divulgadas nos meios sociais, entre outras medidas. Lógico que isso contraria as lideranças de partidos que vivem no passado e que acreditam que política se faz entre as cúpulas diretivas e que o “baixo clero” tem que seguir, sem questionar, as decisões que interessam aos caciques partidários e que mantém suas instituições em rédeas curtas. Os jovens deputados vão encarar briga grande, mas a causa é de todos nós brasileiros. Ao eleitor cabe acompanhar e fazer valer o voto nas próximas eleições porque esta é, também, a realidade em nossos municípios. As mudanças na política acontecerão a partir da conscientização do eleitor ou a situação será mantida como está e o desaguadouro das reclamações serão as redes sociais de efeito zero!

A pesquisa e nossas Universidades!

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O governo lançou o programa “Future-se” que pretende aportar dinheiro da iniciativa privada para financiar as pesquisas das Universidades públicas; em momento algum o governo citou a possibilidade de privatizar as Universidades públicas ou de cobrar mensalidade dos estudantes que têm capacidade de pagar (o que seria justo!). Bastou o lançamento do programa e instituições universitárias junto com as centrais sindicais organizaram protestos contra o governo e, o que entendem como a privatização do ensino universitário público. As armas a serem usadas contra o Future-se e contra o desenvolvimento do país são a mentira e a distorção de tudo que foi proposto pelo governo. Para entender melhor o quadro de pesquisas do país vamos a algumas comparações entre o Brasil e outros países de acordo com patentes reconhecidas: China – 1.381.594, USA – 606.956, Japão – 318.419, União Europeia – 166.585, Brasil – 25.658. Patentes são frutos de inovação, de pesquisa, que geram competitividade e riqueza e passam pelas universidades. A fonte é o INPI e o ano 2017. Trazendo a realidade para dentro da conjuntura brasileira, o quadro é este: Universidade Estadual de Campinas – 77, Universidade Federal de Campina Grande – 70,  Universidade Federal de MG – 69, Universidade Federal da PB – 66, USP – 53, Universidade Federal do CE – 50, Universidade Federal do RS – 34, PUC do PR, 31 e Universidade Federal do PR, – 31. A fonte é o INPI e o ano 2017. As universidades de Santa Catarina apresentam resultados inexpressivos. A conceituadíssima USP, que tem orçamento maior do que a maioria dos municípios brasileiros, com 53 patentes registradas, suscita a questão: o que estão fazendo com o dinheiro do povo brasileiro? Para pensar!

A quem interessa a impunidade no Brasil?

Já há algum tempo algo de estranho acontece com os poderes no Brasil. A predileção por privilegiar a criminalidade acontece com a maior tranquilidade. Na semana passada o Juiz do Supremo, Sr. Marco Aurélio Mello, à revelia de uma decisão tomada no plenário do Supremo Tribunal Federal, autorizou habeas corpus para o assassino dos fiscais do trabalho em Unaí – MG, Hugo Alves Pimenta, condenado em 2ª instância a mais de 30 anos de prisão. Recentemente a Câmara dos Deputados, em decisão relâmpago, aprovou a lei contra o abuso por parte de autoridades do judiciário, Ministério Público e órgãos fiscalizadores. Lei que, segundo órgãos de classe e Organizações Não Governamentais que combatem a corrupção, coloca todo o sistema de controle em risco e fragiliza o combate à corrupção. Bem, o que poderíamos esperar de uma lei apresentada por Renan Calheiros com o aval de Roberto Requião? A forma recorrente como o STF age em contradição à opinião pública brasileira mostra um excesso de vaidade de nossa Suprema Corte que caracteriza um jogo de perde x ganha permanente. O projeto de lei encaminhado ao Congresso pelo Ministro Sérgio Moro entra em discussão no plenário da Câmara esta semana. O crime organizado com certeza estará mobilizado para pressionar deputados, que são parte interessada, pela não aprovação do mesmo. A transformação do país em um paraíso para criminosos pode se consolidar se o Congresso continuar aprovando leis absurdas e a Suprema Corte continuar atuando de forma partidária. Afinal, a quem interessa a impunidade no Brasil?
 

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