Publicidade
Coluna Ozinil Martins | Festival de Besteiras que Assola o País!
21 de Agosto de 2020

Coluna Ozinil Martins | Festival de Besteiras que Assola o País!

Twitter Whatsapp Facebook
Por Prof. Ozinil Martins de Souza 21 de Agosto de 2020 | Atualizado 21 de Agosto de 2020

A frase de Sérgio Porto, que nomina esta coluna, sintetiza bem o momento vivido pelo Brasil. Sérgio Porto, conhecido também pelo pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta e, que ficou conhecido em todo país pela forma como comentava o cotidiano e criticava o governo militar. Usava frases e criava figuras de linguagem que se o fizesse hoje, com certeza, seria execrado pelo politicamente correto. Para ter ideia de sua irreverência é dele a expressão “samba do crioulo doido!”

Pois o festival de besteiras que assola o país vive um momento de glória! Aos fatos:

Publicidade

Fato 1 – Membros da Suprema Corte que deveriam pautar-se pela discrição e sobriedade, repentinamente, transformam-se em figuras contumazes nos meios de comunicação, emitindo opiniões políticas sobre assuntos em que deveriam manifestar-se apenas nos autos dos processos. Não bastasse isso, participam de “lives” com figuras exponenciais da política brasileira; Sua Excelência Gilmar Mendes com o líder do MST Sr. Pedro Stédille e Sua Excelência Roberto Barroso com o jovem influenciador digital, também recebido pelo presidente da Câmara, Sr. Felipe. Saudades do Stanislaw Ponte Preta!

Fato 2 – O Senado da República mostra toda sua pequenez quando derruba o veto do presidente da República ao aumento de salários do funcionalismo público; lembrando que esta ação foi acordada com o Congresso. Como criança birrenta os senhores imaturos e com poder, mostram ao país todo seu corporativismo em defesa de suas categorias. A explosão de prazer do Major Olímpio beira a histeria. O país e o povo que paguem a conta pela pandemia? Que se ferrem em suas insignificâncias!

Fato 3 – A Câmara de Vereadores de Florianópolis decide não aprovar lei que permite ao poder municipal desocupar e demolir habitações construídas em áreas públicas ou privadas de forma a preservar o direito de propriedade ou de áreas de preservação permanente. Os vereadores contra o projeto são defensores do caos ambiental, da favelização da cidade, enfim, do quanto pior melhor. Claro que faltam habitações e políticas públicas para administrar o problema. Mas, qual é mesmo o papel de Suas Excelências?

Fato 4 – O Supremo Tribunal Federal proibiu o uso de helicópteros em operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro enquanto perdurar a pandemia. Se os órgãos policiais já não podiam fazer operações terrestres, proibidas que estavam, agora nada podem fazer. Lembro que a primeira proibição à ações nas comunidades foi feita no primeiro governo do Sr. Leonel de Moura Brizola e teve como resultado a transformação destes ambientes em território propício para o surgimento de organizações criminosas. O crime organizado agradece, enfaticamente, as decisões do Supremo que permitem a estruturação e organização de suas unidades operativas, que se com a ação da polícia já são feitas a qualquer hora do dia, imagina-se o que não farão com a inação forçada da polícia.

Enfim, como já nos dizia, há muito tempo, o irreverente Stanislaw Ponte Petra: “A prosperidade de alguns homens públicos no Brasil é uma prova evidente de que eles veem lutando pelo progresso de nosso subdesenvolvimento.”

Publicidade