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Coluna Ozinil Martins | E a humanidade assiste, entorpecida, sua decadência
13 de Março de 2024

Coluna Ozinil Martins | E a humanidade assiste, entorpecida, sua decadência

As guerras provocadas, ou por motivos fúteis ou por interesses econômicos, trazem morte e destruição ao povo comum

Por Prof. Ozinil Martins de Souza 13 de Março de 2024 | Atualizado 13 de Março de 2024

Há um fato que intriga a qualquer cidadão observador e de bom senso. Nunca, em toda história da humanidade, tivemos tanto desenvolvimento tecnológico e, ao mesmo tempo, criou-se tanta pobreza e violência pelo mundo.

Na verdade nunca houve tanta produção de alimento como nos tempos atuais e nunca tantas pessoas passam fome por este mundo de Deus. São contraditórios difíceis de explicar.

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Além da fome que desgraça povos inteiros, as guerras provocadas, ou por motivos fúteis ou por interesses econômicos, trazem morte e destruição ao povo comum. A recente guerra da Ucrânia mostra, claramente, o desejo de expansão de um país – Rússia – em retomar o papel de superpotência que havia exercido durante a guerra fria. O povo? Que arque com as consequências!

O caso da Síria, que já dura há muito, é exemplar e, a pergunta que não quer calar: por que o presidente de um país massacra seu próprio povo? Simples: o presidente-ditador pertence à etnia alauita, que é a minoria da população síria (10%); ainda existem os sunitas, de onde deriva o Estado Islâmico e os xiitas, sem falar nos curdos. Pronto está feito o cadinho que criou a situação atual. Uma etnia tentando eliminar a outra!

Não é possível esquecer que, em Ruanda (1994) aconteceu um dos massacres mais violentos dos tempos modernos, em que mais de 800 mil Tutsis, foram eliminados pelos Hutus. Motivo: os Tutsis eram minoria e, exerciam as funções diretivas do país.

Não é justo deixar no esquecimento o Tibete. O episódio, conhecido na China como “A Libertação Pacífica do Tibete” e que, criou a região autônoma do Tibete, provocou o êxodo de milhares de tibetanos para a Índia, inclusive do Dalai Lama. O processo de anexação começou em 1950/51 e culminou com a invasão militar em 1959, ano este em que o Dalai Lama pediu asilo à Índia.

A violência utilizada contra os tibetanos está exposta no livro “As Montanhas de Buda” de Javier Moro. Confesso que fiquei chocado com tudo que li a respeito das torturas sofridas pelos monges e monjas tibetanos. Uma única frase “Viva o Tibete Livre” era suficiente para o processo de desaparecimento da pessoa.

Na verdade, para nos deparar com a violência que assola o mundo, não precisamos ir longe; basta atravessar nossas fronteiras com a vizinha Venezuela ou bater com os costados na Nicarágua ou no México, terra dos carteis mais notórios em relação ao tráfico de drogas.

No Brasil, em que cresce o poder do crime organizado, o número de mortes anual beira os 40 mil. A leniência do Estado com o crime organizado passa por uma legislação tênue e permissiva. O próprio poder máximo do judiciário, STF, discute o uso da maconha, seu porte, quem é usuário ou traficante. As cenas de violência nas grandes cidades são cotidianas e começam a ser vistas como normal e, isto é assustador.

Para concluir: Nos últimos anos temos assistido fatos que mostram o momento vivido pela humanidade. Parece que estamos regredindo. O drama dos refugiados atingindo seu ápice com mais de 65 milhões de pessoas perambulando mundo afora; crianças e adultos sendo mortos, sofrendo fome, frio e todo o tipo de necessidades por fazer parte de etnias ou pensar diferente. São exemplos simples do cotidiano de todos nós!

Se considerar as mortes diárias no Brasil, o estado precário da saúde, os problemas que cercam o Rio de Janeiro e sua relação com as Olimpíadas, os estupros que fazem parte do cotidiano de nossas cidades veremos que, apesar de, tecnologicamente, atingimos um estágio ímpar, nas relações pessoais nunca estivemos tão perto do fundo do poço.

Foto:Unsplash

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