Com certeza você que é professor ou exerce a paternidade responsável está se fazendo, com frequência, esta pergunta.
Os Professores e os pais estão cientes das mudanças porque passa o mercado de trabalho e as exigências que serão impostas, pelo futuro, na vida das crianças, portanto, nada mais justo que estejam se perguntando: qual o futuro da Educação?
Tenho a pretensão de ajudar na busca desta resposta. Talvez, as colocações que faça ajudem na busca de soluções ou produzam, ainda, mais confusão, em uma área fundamental e, que tateia em busca de soluções.
Como diria uma famosa personagem londrina do século 19, vamos por partes. Se você, Professor, está em busca desta resposta, comece por você mesmo; jogue fora tudo que fez até hoje! Esqueça as aulas passadas, seus resumos de aula, seus exemplos, as velhas metodologias e faça-se a pergunta: como começo tudo do zero? Lembre-se de Joel Baker em “Mudanças de Paradigmas” em que nos lembra da regra do volta à zero, isto é, sempre que muda o paradigma sua experiência não vale nada. Não conhece Joel Baker? Vá ao YouTube e procure, pode ser um bom começo!
Se o papel da escola é ensinar os jovens a pensar por que, neste momento, ainda continuamos ensinando-os a memorizar, a formá-los para a sociedade industrial, isto é, a guardar o passado? Lembre-se que todo o conhecimento adquirido pela humanidade ao longo de séculos está disponível nos meios digitais; basta um toque e, tudo que preciso saber, estará a disposição. Talvez, seja a hora de deixar de chamar o Professor de Professor e, passar a chamá-lo de Facilitador.
O Facilitador ajudaria os jovens na busca pelo conhecimento, mostraria caminhos e sugeriria temas para pesquisa, ajudaria na busca das perguntas em busca de soluções novas a partir do conhecimento disponível. Enfim, estamos preparando os jovens para profissões que não existem, para operar equipamentos e máquinas que sequer foram inventados e para resolver problemas que não imaginamos, mas que estão ligados à sobrevivência do planeta e, por extensão, dos humanos.
A escola atual, em todos os seus níveis, está apta a fornecer diplomas e as mais diversas titulações, mas não oferece ao mercado as habilidades e competências que este busca para desenvolver a criatividade, o pensamento crítico e a capacidade de resolver problemas são questões a serem resolvidas.
Mudar o conceito de sala de aula (já acontece em algumas escolas), mudar a dinâmica das aulas transformando o estudante de objeto em sujeito do ensino, utilizar a tecnologia disponível sempre como instrumento do processo e não como fim, focar em português, matemática e ciências são passos que podem orientar a mudança.
Importante rever a estrutura funcional do MEC e toda a burocracia produzida e que conduz ao marasmo que hoje se vive na Educação e conduz os jovens ao desemprego, subemprego e analfabetismo funcional. Se os municípios são os responsáveis pela Educação básica, se os Estados são responsáveis pela Educação média e a superior se divide entre federal e particulares, por que o MEC, este gigantesco produtor de sinecuras, continua a determinar regras em lugar de quem deveria fazê-lo como já acontece em outros países?
Educação
“O professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Em lugar de começar com definições ou conceitos já elaborados, devem usar procedimentos que façam o aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos, para depois, confrontar com o conhecimento sistematizado”, John Dewey.
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