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Coluna Inovação: Primeiro unicórnio brasileiro agita mercado catarinense de startups
11 de Janeiro de 2018

Coluna Inovação: Primeiro unicórnio brasileiro agita mercado catarinense de startups

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 11 de Janeiro de 2018 | Atualizado 11 de Janeiro de 2018

O primeiro dia útil de 2018 ficou marcado pelo “nascimento” do primeiro unicórnio brasileiro. O mitológico ser de um chifre só, como também são conhecidas as startups que ultrapassam US$ 1 bilhão em valor de mercado, da tecnologia nacional é a paulistana 99, desenvolvedora de app de táxi comprada pela chinesa Didi Chuxing. O negócio foi  anunciado no dia 2 de janeiro sem divulgação oficial de valores. Mas segundo o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, a transação foi de US$ 960 milhões.

A notícia impactou a comunidade de startups em Santa Catarina, que também corre para criar o primeiro unicórnio local. Embora nenhuma jovem empresa inovadora do estado ainda esteja próximo ao valuation da 99, o pioneirismo do fundador Paulo Veras serviu para alimentar o sonho dos empreendedores da região – especialmente pela aproximação do big money chinês ao cenário de TI brasileiro.

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A Didi é líder do mercado de apps de transporte da China, onde tem 450 milhões de usuários. Em julho passado, a empresa já tinha investido na 99, liderando um round de US$ 100 milhões junto a outros fundos como Riverwood, Monashees e Qualcomm. A ideia era simples: encarar o Uber à altura com o 99Pop, seguindo o modelo “imbatível” da concorrente norte-americana.  

Nos últimos anos, os valores dos maiores aportes feitos em startups catarinenses tem mostrado um salto: em 2016, a RD anunciou um round de R$ 62 milhões e em 2017 o destaque foi a Neoway, capitalizada em R$ 145 milhões. Ambos articulados por fundos internacionais como TPG Growth e QMS Capital.

“Poucos têm ambição global. Muitas vezes, pensam que ter algo que se destaque localmente é suficiente. Na América Latina, por outro lado, todos começam querendo atacar o mercado brasileiro”, disse Paulo ao repórter Filipe Oliveira em matéria publicada pela Folha nesta semana. Na visão de vários mentores e investidores locais, este é justamente o ponto-chave para qualquer startup local: é preciso pensar globalmente desde o dia zero.
 

RD: em dois anos, um prédio inteiro ficou pequeno

Há dois anos, a Resultados Digitais trocou sua sede no ParqTec Alfa por um prédio desocupado de oito pavimentos ao lado do Floripa Shopping, na Capital. Parecia espaço demais para a crescente startup, que tinha então cerca de 260 funcionários. Mas o ritmo de expansão da empresa desde então não deu trégua e, pouco mais de um ano depois o desafio era encontrar mais espaço para acomodar a equipe e a perspectiva de negócios no mercado nacional e internacional. Quando os atuais 600 colaboradores chegaram para a retomada dos trabalhos em 2018, deram de cara com um novo espaço de 3.000 metros quadrados, com direito a nap rooms (espaços de descanso) e tobogã, além, claro, de espaços de trabalho e salas de conferência  e reunião.

“Pretendemos fechar o ano com mais de 900 funcionários”, estima Anderson Nielson, diretor de Talent Management da Resultados Digitais. No cargo há exatamente um ano, Nielson e a equipe foram responsáveis pela contratação de 370 pessoas em 2017. “Isso se deve ao aumento de significativo do número de clientes, parceiros e também à expansão internacional”, completa.
 

VIA: radar da inovação e do empreendedorismo na UFSC

Dica fundamental para quem se interessa e acompanha o setor de inovação e empreendedorismo aqui no estado: está no ar a terceira edição da VIA Revista, publicação produzida pelo grupo de pesquisa VIA, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O coletivo de professores e alunos tem como foco transformar o conhecimento produzido na universidade, mas que está restrito a artigos científicos, em projetos que estimulem a sociedade a empreender e inovar.

A publicação de periodicidade semestral é um híbrido entre as tipologias jornalísticas e publicações científicas e traz um tema a cada edição: a mais recente aborda diversos cases, pesquisas e entrevistas a respeito dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs).

Entre os destaques desta terceira edição, destaco as entrevistas com o chefe regional do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Araken Alves de Lima, que antecipa uma ampliação de estrutura em Santa Catarina; e com o professor Cláudio José Amante, que esteve à frente da concepção e implantação da Secretaria de Inovação da UFSC. “Estamos finalizando a parte física da incubadora da Sinova, que será implantada no Sapiens Parque. Ela receberá iniciativas da universidade com potencial de pesquisa e convergência com propostas de spin-offs e startups”.

A edição está disponível neste link: http://via.ufsc.br/wp-content/uploads/2017/12/revistaVIA-3ed.pdf  

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