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Coluna Inovação | Perspectivas para 2019 no ambiente de inovação em SC
17 de Janeiro de 2019

Coluna Inovação | Perspectivas para 2019 no ambiente de inovação em SC

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 17 de Janeiro de 2019 | Atualizado 17 de Janeiro de 2019

Foto: Startup Summit 2018 / Elis Pereira

 

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Olá leitores! Voltamos à programação normal aqui na coluna semanal sobre inovação no Acontecendo Aqui após um break (ops, entreguei a idade…) necessário de fim de ano.

Nesse 2019 tórrido e ensolarado – bem diferente do 2019 chuvoso e sombrio que previam os distópicos Blade Runner e O Sobrevivente – as coisas ainda caminham em marcha de retomada de atividades, mas quem acompanha o acelerado ambiente de inovação e empreendedorismo no estado já sabe que ninguém vai esperar o “ano começar depois do Carnaval”, para botar o bloco e novos projetos na rua.

Na última coluna do ano passado, destaquei que o legado deixado pelos acontecimentos de 2018 foi de muita conexão, eventos em série – e muitos outros que vão rolar até dezembro – e o desenvolvimento de comunidades empreendedoras em diversas regiões do estado. Desde então, fui bater um papo com importantes lideranças e agitadores do ecossistema para entender o que o novo ano pode trazer. Resumo em alguns tópico abaixo:
 

Série de eventos vai colocar Florianópolis em evidência nacional em agosto

“O conjunto de eventos será um indicativo da evolução do nosso ecossistema. O principal momento será em agosto, com o Floripa Conecta, que deve reunir entre 6 mil e 10 mil pessoas na cidade no mês de agosto. O centro nevrálgico será no Norte da Ilha, no Sapiens Parque, mas também teremos atividades na UFSC, Fiesc e Acate”, comenta José Eduardo Fiates, diretor-superintendente da Fundação Certi e diretor executivo do Sapiens.

O fato novo é que a cidade, que já tinha sido escolhida para receber a Conferência Nacional da Anprotec (entidade que representa incubadoras e parques tecnológicos do país), vai abraçar a primeira edição do encontro da RENAI – um supergrupo de entidades de apoio à inovação, como Anprotec, Ampei, ABStartups, Abipti, Abvcap e o Fórum de Propriedade Intelectual das Universidades.
 

Transformação digital & transformação criativa

“A transformação digital já está impactando todo mundo, o que falta é a conexão com a transformação criativa”, destaca o CEO da Glóbulo e que criou recentemente o grupo Brazilian Makers como uma forma de apresentar o ecossistema de inovação local para o mercado de TI de Portugal. A iniciativa rendeu uma aproximação que pode se fortalecer ao longo de 2019, com empreendedores de cá e de lá conhecendo o potencial de negócios em conjunto. Sem contar nas similaridades culturais, gastronômicas e de desenvolvimento de tecnologia que une o estado luso a Santa Catarina.  

Mas além dessa aproximação, Alex acredita que o estado – e a Capital, que concentra boa parte do ambiente de negócios na área de TI – conta com um “talento criativo reprimido” pela falta de eventos e iniciativas que unam o que rola no setor digital com a economia criativa. Por isso, a aposta é forte também com os eventos previstos ao longo do Floripa Conecta, para que essa conexão efetivamente dê alguma liga.
 

Desenvolvimento em escala de Centros de Inovação

Ao longo de 2018, a Prefeitura de Florianópolis e a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) credenciaram três novos Centros de Inovação e criaram uma rede municipal inédita no país neste segmento. Para este ano, a entidade – junto com o Governo do Estado, Sebrae, Fiesc e comitês regionais em algumas cidades – pretende levar o modelo para outras regiões que já estavam mapeadas com a construção de Centros de Inovação pelo governo de Santa Catarina.

Além dos empreendimentos, há a possibilidade de levar o LinkLab, programa de inovação aberta que conecta grandes e médias empresas às startups, para cidades como São José, Joinville, Tubarão e Criciúma. O mesmo acontece com a incubadora MIDITEC, premiada como uma das 5 melhores do mundo no ano passado. “O desafio agora é expandir fronteiras. Se conseguirmos levar projetos para outras cidades do estado, podemos pensar na escalabilidade do modelo para outros lugares, até mesmo fora de Santa Catarina”, antecipa o presidente da Acate, Daniel Leipnitz.
 

E por falar em crescimento em escala….

Estão abertas até o dia 31 de janeiro as inscrições para o programa Scale-Up Endeavor, que terá novamente uma turma em Florianópolis. Nos últimos anos, mais de 40 negócios com forte potencial de crescimento sustentável passaram pelo programa, de negócios de base tecnológica – como MobLee, SumOne, Conpass, Aurum Software e várias outras – a empresas de serviço e indústria, como Barbearia Vip, Café Cultura e Cervejaria Schornstein.

Scale-up é o termo popularizado pela Endeavor para identificar empresas que crescem pelo menos 20% ao ano por mais de três anos consecutivos. De acordo com recente estudo sobre scale-ups divulgado pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae/SC, estas empresas geram 100 vezes mais empregos do que as “convencionais” e respondem por quase 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Outro dado interessante é que elas não estão apenas nos grandes centros: 60% delas têm sedes em cidades com menos de 500 mil habitantes – praticamente o perfil dos municípios catarinenses.

 

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