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Coluna Inovação: Entidades de apoio ao empreendedorismo pressionam políticos contra burocracia
30 de Novembro de 2017

Coluna Inovação: Entidades de apoio ao empreendedorismo pressionam políticos contra burocracia

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 30 de Novembro de 2017 | Atualizado 30 de Novembro de 2017

Santa Catarina manteve suas três maiores cidades – Joinville, Florianópolis e Blumenau – entre as 11 mais bem ranqueadas no Índice de Cidades Empreendedoras 2017, pesquisa da ONG Endeavor que mede o ambiente de negócios, legislação, potencial humano e inovação em 32 municípios de norte a sul do Brasil.

A vice-líder, Florianópolis, se mantém com folga na comparação com a terceira colocada, Vitória, mas estagnou nos últimos dois anos, especialmente pela nota mais baixa nos indicadores de ambiente regulatório e mercado. “Se a cidade investir mais na redução da burocracia, a cidade pode até ultrapassar a líder São Paulo”, opina Guilherme Lopes, coordenador regional da Endeavor em Santa Catarina, em entrevista ao SC Inova.

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No mesmo dia em que o ranking foi divulgado, a Endeavor Brasil, com apoio de outras entidades ligadas a empreendedorismo, inovação e fomento, lançou a campanha “Burocracia Para Tudo“. Trata-se de uma petição online que vai enviar automaticamente um e-mail, a cada 500 novas assinaturas, para 650 representantes da população nas esferas federal, estadual e municipal: governadores de todos os estados e prefeitos das capitais, deputados federais e senadores, além dos ministros da Fazenda, Indústria e Comércio e o presidente da República.

O recado: a redução da burocracia, especialmente o tempo de abertura e fechamento de empresas, precisa estar na agenda política em ano eleitoral.

“As cidades que estão investindo em ações de longo prazo para reduzir a burocracia e melhorar o ambiente de negócios são as que mais estão se destacando na pesquisa, como é o caso de Joinville e Blumenau”, comenta Guilherme. No indicador ambiente regulatório, quem lidera é Joinville. Blumenau também deu um salto do ano passado pra cá: passou da 16a. para a 3a. posição nacional. “As duas cidades estão fazendo um trabalho consistente nos últimos anos nesse sentido”, conclui o coordenador regional da Endeavor.

 

…ainda sobre gestão pública

Programa pioneiro para desenvolver processos inovadores na gestão pública envolvendo diversas instituições simultaneamente, o HubGov, criado pela startup WeGov, lança na sexta-feira (01/12) a segunda edição, que começa no início de 2018. Neste ano, a primeira turma envolveu 14 instituições das três esferas (da PM-SC aos Correios, passando pelo TRE-SC, Ministério Público e diversas secretarias de Estado) e oito dos projetos de inovação apresentados na formatura estão sendo aplicados nas entidades, como o laboratório de inovação criado pela regional dos Correios. A novidade é a expansão do programa, simultaneamente, para outros três estados: São Paulo, Distrito Federal e Goiás.

 

BNDES aporta R$ 6,5 milhões na Chipus

A catarinense Chipus Microeletrônica, que desenvolve projetos de circuitos integrados de baixo consumo energético, anunciou nesta quinta-feira (30.11) aporte de R$ 6,5 milhões do fundo Criatec II. É o segundo investimento do fundo, que tem como maior cotista o BNDES, na empresa sediada em Florianópolis. O primeiro foi em 2016: R$ 2,5 milhões. Com os recursos, a empresa vai desenvolver uma plataforma onde indústrias que atuam no mercado de internet das coisas (IoT) podem encomendar, sob demanda, circuitos integrados customizados. Nesta quinta, a empresa organizou na Capital o ChipCon’17, reunindo mais de 100 representantes do mercado de microeletrônica nacional e palestrantes internacionais. Desde a fundação, em 2009, tem crescido 100% ao ano e, de 2015 a 2017, a empresa dobrou o número de colaboradores – hoje são cerca de 40.

 

Robotização tardia

O atraso da indústria brasileira na utilização de robôs preocupa o presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) e fundador da Pollux Automação, José Rizzo Hahn, que esteve em Florianópolis nesta semana para uma palestra no Congresso Catarinense de Gestão, Projetos e Liderança. No encontro, promovido pela associação de gerentes de projeto de Santa Catarina, PMI-SC, Rizzo disse que até 2025 uma em cada quatro atividades nas fábricas será robotizada e que isso pode aumentar a produtividade em até 30%. Para chegar próximo ao nível de países mais desenvolvidos, o Brasil, que agrega a cada ano mil robôs em média na indústria, precisa reduzir um déficit de 200 mil unidades. A “robotização tardia” da indústria pode custar um importante espaço para o Brasil na economia global nos próximos anos.

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