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Coluna Inovação | E se as universidades fossem celeiros de startups?
22 de Março de 2018

Coluna Inovação | E se as universidades fossem celeiros de startups?

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 22 de Março de 2018 | Atualizado 22 de Março de 2018

Um dos fatores que explicam por que Florianópolis se tornou referência em empresas de tecnologia são as gerações de empreendedores que saíram da universidade e decidiram montar seus negócios. Desde a década de 1980 até hoje, centenas de ex-alunos – especialmente dos cursos de Engenharia e Ciências da Computação da UFSC – ajudaram a formar o polo local de TI.

Mas isso se deu por impulso, necessidade ou vontade de empreender, não porque a universidade tenha preparado formalmente os egressos a enfrentar os perrengues do mercado. Há também vários outros casos de alunos que preferiram empreender a concluir a graduação e hoje lideram negócios consolidados.

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Em outubro passado, no evento que marcou o lançamento do Pacto pela Inovação – iniciativa que reúne governo de Santa Catarina, associações públicas, entidades privadas e instituições de ensino – representantes de universidades afirmaram que um dos principais desafios da academia nas próximas décadas é justamente desenvolver o senso empreendedor nos alunos.

Para quem se interessa no tema, recomendo a leitura do livro online Universidades Empreendedoras, um compilado de conceitos, ferramentas, metodologias, indicadores, boas práticas e um ranking das instituições que mais fomentam o do it yourself na academia. Nessa lista, a UFSC aparece em 11o. lugar, seguida pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), em 24o. lugar e a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em 35o.
 

TCCs que viram novos negócios

Há três anos, a Unisul da Grande Florianópolis deu início a projetos como o TCC Startup e o iLab, um laboratório de inovação para ajudar os estudantes naquilo que é a principal dor dos empreendedores: como validar as ideias, conquistar clientes e criar um modelo de negócios rentável.  “Queríamos trazer o movimento das startups para o ambiente da universidade. Mas para isso é preciso mudar a cultura dos estudantes e dar uma perspectiva de pensamento empreendedor, criando um ecossistema”, explica Geraldo Campos, coordenador do iLab e professor na Unisul desde 2000.

Nesse modelo, os alunos desenvolvem seus projetos ao longo de cinco fases: desenvolvimento da ideia e modelo de negócio; prototipação/produto mínimo viável (MVP); conquista dos primeiros clientes; estruturação do negócio; e ganho de escala e mercado. A metodologia ajudou a criar 50 startups a partir de trabalhos de conclusão de curso. Em 2016, a Endeavor escolheu o projeto como o melhor do país no prêmio Educação Empreendedora.

Outras iniciativas também vem sendo desenvolvidas em outras entidades: a UFSC conta com um Núcleo de Empreendedorismo Universitário, formado por alunos que buscam aproximar outros colegas do ambiente de inovação e startups, além do VIA Estação Conhecimento, que envolve docentes e estudantes em programas que estimulem a mentalidade empreendedora. A Faculdade Cesusc também tem se aproximado deste universo: é um dos patrocinadores do laboratório de inovação aberta da ACATE (LinkLab) e tem como professor da disciplina de Empreendedorismo o fundador da startup Axado, Guilherme Reitz.

“Não é que educação empreendedora seja importante, ela é fundamental”, atesta Geraldo Campos, da Unisul.
 

Novas empresas no Corporate Park

O Corporate Park, em Santo Antônio de Lisboa, anuncia a chegada de três novas empresas:  a Tree Ideias Digitais, de conteúdo digital; a My Coin Deal, de bitcoin e a RZ2, de checklist eletrônico. Inaugurado em 2009, o empreendimento foi um dos primeiros em Florianópolis a concentrar um grande número de empresas de tecnologia. O Corporate recebe atualmente cerca de 500 colaboradores de 50 empresas, entre elas Cianet, Seventh, Delínea, Pixeon, DOT Digital Group, CB&I, Gestão OPME, Ciaporte, Wplex e Paradigma. “Identificamos na época a necessidade das empresas da Grande Florianópolis, especialmente as de tecnologia, por espaços e salas maiores, que suportassem o rápido crescimento delas”, relembra Felipe Didoné, diretor da Rá Incorporações.
 

IBM premia Senior, de Blumenau, por solução de assistente virtual

A Senior Sistemas, de Blumenau, recebeu nesta terça-feira (20.03) a premiação IBM Beacon Awards, concedida pela multinacional norte-americana aos parceiros que utilizam tecnologias da IBM em suas soluções. O prêmio se deve à assistente virtual  Sara (Senior Automated and Responsive Agent), desenvolvida pela Senior com a plataforma de nuvem IBM Bluemix, agora integrada à plataforma Senior X.

A assistente virtual pode executar comando, buscar informações e efetuar transações no software de gestão da Senior, respondendo sobre informações como situação financeira, contatos telefônicos e detalhes de pagamentos. O prêmio, entregue em Las Vegas durante o evento Think, é definido por um meio de um painel composto por executivos da IBM, analistas da indústria e membros da imprensa internacional.  Não estamos mais vendendo softwares, o que vendemos é inteligência”, afirma Jean Paul Vieira, diretor de Desenvolvimento da Senior. Esta é a terceira vez que a Senior recebe o IBM Beacon Awards.

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