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Coluna Inovação –  Como a cidade pode abraçar a sua própria tecnologia?
09 de Novembro de 2017

Coluna Inovação – Como a cidade pode abraçar a sua própria tecnologia?

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 09 de Novembro de 2017 | Atualizado 09 de Novembro de 2017

Não é tarefa fácil contar um a um todos os meetings, talks e outros eventos derivados que acontecem em um único mês nos meios de empreendedorismo, inovação e tecnologia na Grande Florianópolis. Isso é decorrência de um cenário aquecido e que gera boa parte dos novos empregos no setor privado da região, o motor da economia local.

 

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Eventos como o meetup do Startup SC, que chega à 24a. edição agora em novembro, se converteram em impulsionadores de futuras empresas e em um grande encontro da comunidade que está falando a língua da nova economia. O último meetup de 2017 vai rolar no dia 22 de novembro, na ACATE e costuma ter as inscrições esgotadas em poucos dias. Hoje, quinta-feira (09), tem início no Centro de Convenções de Canasvieiras o Interaction South America 2017, o maior evento voltado a designers de UX (experiência do usuário) da América Latina. Os ingressos se esgotaram em meados de setembro.

 

Nas próximas semanas, o calendário aperta com uma série de outras programações como o Startup Weekend Education, em Palhoça (17 a 21.11), o seminário da Associação de Estudos Tributários do estado (22 e 23.11) que vai debater desafios do sistema tributário brasileiro frente à inovação e a novos modelos econômicos. E no fim do mês (27 e 28.11) acontece em Florianópolis o Congresso Catarinense de Gestão, Projetos e Liderança, promovido pelo PMI-SC, que reúne a comunidade de Gerentes de Projetos nas empresas inovadoras da indústria e da TI local.

 

Um evento que me chamou a atenção, pela conexão a que se propõe fazer, é o seminário “Cidade e Tecnologia – o que é que Floripa tem?”, que rola no dia 22.11 no auditório da Softplan (Sapiens Parque). A empresa é a organizadora do encontro junto com o Movimento Traços Urbanos, um grupo transdisciplinar de voluntários que atuam para a transformação da cultura urbana a partir da revitalização de diversas regiões da cidade. A ideia é trazer pro debate o que, de fato, vem sendo pesquisado e o que tem sido aplicado de recursos tecnológicos em políticas públicas na Capital, nas áreas de construção, sustentabilidade, mobilidade urbana e arquitetura.

 

Em fevereiro passado, ainda no burburinho da chegada do Peixe Urbano a Florianópolis, escrevi um artigo no LinkedIn que brincava com o fato de que alguns moradores não compreendiam como a cidade poderia ser a proclamada “capital da inovação” se nem os semáforos da Beira-Mar Norte eram sincronizados – um problema que persistiu durante meses, diga-se!
 

Usar a cidade como radar de tendências

“Minha opinião é de forasteira, mas acho que a cidade, mesmo com uma alta qualidade de vida e potencial profissional, como um todo não se beneficia plenamente desses saberes”, me disse a economista e doutora em Urbanismo Ana Carla Fonseca, em entrevista que publiquei no SC Inova em julho passado. Ela é embaixadora da ONU para políticas culturais e defende que o futuro do trabalho depende das cidades.

“Eu adoraria que, numa próxima vinda a Florianópolis, eu visse como as pessoas que estão no meio da tecnologia também utilizam a cidade como laboratório de prova, como radar de tendências, para criar uma conexão maior entre o trabalho do dia a dia e o território no qual esse trabalho acontece”, respondeu ela nesta mesma entrevista.  As regiões que concentram um maior número de indivíduos da classe criativa, argumenta o escritor e professor norte-americano Richard Florida, apresentam maior vantagem competitiva em termos econômicos do que os redutos das classes trabalhadora e de serviço.

 

Lembrando:
No fim de novembro deve ser divulgado pela Endeavor o Índice de Cidades Empreendedoras 2017, pesquisa que aponta as 32 cidades (capitais e interior) com melhores indicadores de inovação, recursos humanos, acesso a capital, infraestrutura, entre outros. Uma tendência clara, aponta o ranking da Endeavor, é o potencial de atratividade cada vez maior das cidades médias perante diversas capitais.

A atenção em Santa Catarina é grande pelos expressivos resultados nas últimas pesquisas. Florianópolis foi a melhor do país em 2014 e vice em 2015 e 2016. Joinville apresentou um salto e tanto na edição de 2016, ocupando o 4o. lugar geral, enquanto Blumenau também escalou no ranking passando de 20o. (2015) para 13o. (2016), à frente do Rio de Janeiro e de Curitiba.

 

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