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Coluna Inovação | Articulação entre fintechs coloca SC em destaque na inovação para o mercado financeiro
30 de Maio de 2019

Coluna Inovação | Articulação entre fintechs coloca SC em destaque na inovação para o mercado financeiro

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 30 de Maio de 2019 | Atualizado 30 de Maio de 2019

As fintechs, empresas que inovam com soluções para o mercado financeiro, são algumas das protagonistas do cenário de startups do Brasil. Algumas delas – como o Nubank (banco digital) e a Stone (máquinas de pagamento) – formam a primeira leva de “unicórnios” do país, startups com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. E os próximos bilionários podem vir justamente deste segmento, na visão de especialistas no mercado.

De acordo com levantamento feito pela Escola do Financeiro, o segmento de fintechs é o que mais recebe investimentos em capital de risco no país: nos últimos três anos foram realizados 151 aportes nos últimos três anos (no mercado catarinense, destaque para os R$ 100 milhões captados pela ContaAzul, de Joinville). O potencial deste mercado – e a demanda por inovação proporcionada por bancos e outras instituições financeiras – motivou a criação de um grupo de empresas do setor em Santa Catarina no final de 2016, a Vertical Fintech, mantida pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate).

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Quem identificou o potencial catarinense para unir tecnologia ao setor financeiro – e impulsionou a criação da Vertical Fintech – foi nada menos que a maior câmara de ativos privados do país, a Cetip, que pouco tempo depois se fundiu à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e deu origem à B3, uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo, com atuação em ambiente de bolsa e de balcão. Hoje a Vertical conta com cerca de 30 participantes ativas, das quais 20 são startups e outras 10 são empresas com mais tempo de mercado.

“Quando nós mapeamos o Brasil, há uns três anos, para identificar os principais hubs de inovação, chegamos a duas conclusões: São Paulo e Florianópolis eram, sem dúvida, os centros mais maduros. E percebemos que em Santa Catarina havia empresas bem estruturadas e profissionais qualificados. O potencial de sucesso, em função disso, era muito maior do que em outras regiões”, explica Rodrigo Pereira, Head de Inovação e Novos Negócios na B3 e diretor da Vertical Fintech.

Em pouco mais de dois anos, o número de startups neste nicho mais que dobrou, passando de cerca de 200 para mais de 500 novos negócios. Nestes primeiros anos de atuação, o foco do grupo foi estruturar a governança da Vertical e definir os pilares estratégicos para atuação. “Temos basicamente quatro frentes: governança para gerarmos valor para o mercado financeiro, atenção à regulamentação e tendências como pagamento instantâneo e criptoativos, desenvolvimento de eventos de conteúdo e networking, além de cursos e mentorias, unindo cases locais e grandes corporações”, detalha.

Em paralelo, a Vertical começa a estruturar uma pesquisa, com apoio da ABStartups e Associação Brasileira de Fintechs, para identificar todas as novas empresas do setor que atuam no sul do Brasil e conectá-las com o resto do país. “Empresas avançam muito rápido neste mercado e grande parte dos participantes da Vertical dobra o faturamento ano a ano”, ressalta Rodrigo.

Na visão dele, o caminho é apoiar empreendedores a acessar o mercado de capitais, o que poderia ampliar significativamente o valor de mercado das empresas e o potencial da economia local. “É claro que São Paulo vai continuar concentrando grande parte dos negócios, mas acreditamos muito no potencial catarinense, principalmente em termos proporcionais. Apoiando o crescimento das fintechs, vejo que o caminho natural é vermos cada vez mais empresas locais fazendo seus IPOs no futuro”, resume.

 

Aurum, lawtech que trocou SP por Florianópolis, é vendida para grupo canadense

A Vela Software, empresa subsidiária do grupo canadense Constellation Software Inc., anunciou no início desta semana a aquisição da Aurum, lawtech responsável pelo desenvolvimento dos softwares jurídicos Themis e Astrea, líderes em seus segmentos. Com 22,3% de crescimento anual, a Aurum tem sede em Florianópolis e triplicou de tamanho nos últimos cinco anos – neste mês de maio, a empresa superou a marca de 5 mil clientes. Em 2018, foi uma das participantes do programa de aceleração Scale-up, da Endeavor, em Santa Catarina.

Fundada em São Paulo, em 1993, pelos sócios Antônio Gerassi Neto e Sonia Tuyama (ambos formados em Ciências da Computação pelo ITA), a empresa se mudou para Florianópolis, onde tem seu centro de Pesquisa & Desenvolvimento, mas mantém filiais em São Paulo e Rio de Janeiro. Na Ilha, também realizou as primeiras edições de seu principal evento, o Aurum Summit – espaço de debates sobre a inovação tecnológica no universo da advocacia.

“A nossa cultura permanece a mesma. Vamos continuar desenvolvendo e entregando produtos e serviços inovadores, evoluindo os nossos softwares e oferecendo o melhor atendimento do mercado aos nossos clientes”, afirma Antônio Gerassi Neto, CEO da Aurum.

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