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Coluna Inovação | Apostas e perspectivas para o segundo semestre de 2021 no ecossistema catarinense
12 de Julho de 2021

Coluna Inovação | Apostas e perspectivas para o segundo semestre de 2021 no ecossistema catarinense

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 12 de Julho de 2021 | Atualizado 12 de Julho de 2021

Foto: Startup Summit, divulgação Sebrae

 

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Chegamos à segunda metade do segundo ano da pandemia – ainda minoritários na vacinação e cansados de todo o caos político-econômico, mas com esperanças de que o ritmo de imunização neste semestre final do ano nos permita voltar a alguma normalidade.

No setor de tecnologia e empreendedorismo digital em Santa Catarina, o segundo semestre é tradicionalmente o mais agitado, especialmente em função de eventos (outrora presenciais, agora híbridos) e anúncios ao mercado, como lançamentos, aportes e investimentos. E neste 2021 não deve ser muito diferente, apesar das limitações sanitárias e sociais que ainda seguirão pelos próximos meses.

 

Retorno de eventos?

Os novos protocolos sanitários definidos pelo governo do estado e os primeiros eventos-teste geram a expectativa de um retorno a algumas atividades presenciais – especialmente o Startup Summit 2021, marcado para os dias 14 e 15 de outubro. Promovido pelo Sebrae Nacional em parceria com a Acate, o formato do evento ainda não está definido – pode ser novamente online, como em 2020, ou híbrido, com possibilidade de alocar presencialmente um número limitado de participantes. 

Nessa esteira, é possível que vários outros encontros de capacitação e networking sejam retomados até o final do ano – uma grande expectativa entre empreendedores e profissionais ligados à área de tecnologia e inovação.

 

Mais e mais programas para formação de desenvolvedores

Como consequência do aquecimento do setor de TI – e da digitalização de tudo – as empresas vão sofrer ainda mais com a falta de profissionais qualificados, especialmente na área de desenvolvimento de software e sistemas. São milhares de vagas abertas em Santa Catarina à espera de “novos entrantes”, o que fortalece iniciativas de formação como o DEVin House, projeto do Senai e da Acate que iniciou a segunda turma nesta semana, e o Entra 21, tradicional iniciativa de Blumenau que já formou mais de 2 mil programadores, com foco no público de baixa renda. Há também startups especializadas no desenvolvimento de profissionais para a carreira em TI, como a StackX, em Joinville.  

 

Expansão de investimentos e aquisições(M&A)

Como destacamos aqui na coluna, o volume de aportes de fundos de venture capital em startups catarinenses foi expressivo nos primeiros meses do ano – embora tenha perdido fôlego a partir de abril. Neste período, destaque para o movimento de fusões e aquisições, liderado por grandes empresas de TI locais (como Softplan, Senior e Intelbras, por exemplo).

Contudo, há novos fundos locais de capital de risco – como o Catarina Capital, o Invisto com Acate e o Terracotta Ventures – com tese de investimento especialmente na região Sul/Sudeste que contam com cerca de R$ 250 milhões para investimentos nos próximos anos. Alguns dos primeiros aportes podem sair ainda em 2021, movimentando todo o ecossistema local.

E há também fundos estrangeiros cada vez mais de olho no cenário de startups, um exemplo é o investimento de R$ 8,5 milhões que o norte-americano Parceiro Ventures fez na Paytrack, de Blumenau. A empresa catarinense, que desenvolve tecnologia para gestão de viagens, mobilidade e reembolsos de despesas corporativas, espera triplicar de tamanho em 2021 e ampliar a equipe em 50%.  O setor de “travel & expense” foi modificado pela pandemia e impulsionado pela transformação digital, dizem os fundadores Daniele Amaro e Edson Gonçalves.

Por fora, há também a corrida por formação de investidores-anjo, que ajudam a dar os primeiros passos com capital externo e smart money a startups. Em Santa Catarina, duas iniciativas regionais vão nessa pegada: o SC Angels, em Blumenau, e o JoinVC, em Joinville, tem como objetivo apresentar a investidores as oportunidades das startups e também aumentar o bolo de crédito a negócios inovadores. 

Vamos acompanhar agora o que virá nesta segunda parte do ano – que tende a ser quente!

 

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