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Coluna Fabrício Wolff | Não somos neanderthais
02 de Agosto de 2017

Coluna Fabrício Wolff | Não somos neanderthais

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Por Fabrício Wolff 02 de Agosto de 2017 | Atualizado 02 de Agosto de 2017

Há quem diga que para haver comunicação, basta o outro (receptor) entender o que é dito. Faz sentido. Especialmente se nos compararmos aos homens das cavernas, que através de gestos, grunhidos e pinturas rupestres se comunicavam com os seus semelhantes. Pode observar: quem diz que o que importa é apenas o entendimento daquilo que se quis comunicar, independente da prática da boa comunicação, é quem não sabe se comunicar. Porque se dependesse apenas do entendimento da mensagem, homens poderiam conquistar mulheres ainda nos dias de hoje batendo com o tacape em suas cabeças e arrastando-as para dentro de sua caverna.

A comunicação existe para ser bem usada. E o seu bom uso faz toda a diferença. Não se trata apenas de fazer a outra pessoa (receptor) entender aquilo que se diz. Trata-se de fazer com que ela compreenda sua (emissor) mensagem a ponto de interagir. Mais do que isto, trata-se de que ela aja conforme seu interesse. Toda comunicação tem um objetivo e um emissor que se comunica bem, consegue fazer com que o receptor responda da maneira que ele, emissor, deseja. Ou seja, uma pessoa que usa bem a comunicação conquista o resultado que quer.

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A boa comunicação gera resultados. A mensagem clara, incisiva, segura, com o uso da palavra certa no momento certo e, claro, com conhecimento sobre o tema abordado e com uma leitura correta do público alvo, faz toda a diferença. Isso deve ser chamado efetivamente de COMUNICAÇÃO. Porque apenas se fazer entender, até os homens das cavernas conseguiam. Dizer que a pessoa pode se comunicar mal (fato que pode ser chamado de “não-comunicação” ou de “comunicação neanderthal”) porque basta ser entendido pelo outro, é atestado de ignorância. O bom uso da comunicação faz-nos ver que evoluímos alguma coisa desde os primórdios do homo erectus.

Os exemplos da boa comunicação, da comunicação eficiente, da comunicação de verdade estão aí aos milhares, no dia a dia da sociedade. Os grandes palestrantes, que vivem (e bem) só de contar histórias; os pastores de igreja, que convencem centenas, milhares de pessoas de suas intenções; os marginais que aplicam o golpe do bilhete premiado e conseguem incitar aqueles que recebem sua mensagem a fazer exatamente aquilo que eles querem… todos são exemplos do poder que se tem ao utilizar bem a comunicação – o que não quer dizer que todos a utilizem para o bem.

Como dizia a meus alunos de faculdade, o poder da comunicação está nas coisas mais simples do dia a dia. Está em um “bom dia”, porque nele se quer uma resposta afável; está ao pedir um cafezinho, porque no pedido está o desejo que o café venha até nós; está ao convidar alguém para jantar ou oferecer uma proposta comercial. A comunicação bem utilizada faz toda a diferença em nossa vida pessoal e profissional. Em tudo se tem um objetivo e em usar bem a comunicação está a diferença de conquistá-lo ou não. É por esta razão que um simples falar errado ou escrever errado faz toda a diferença. Também ali está dito quem você é e o poder que você tem (ou não) de fazer acontecer.  

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