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Coluna Cinema | A Volta do Cinema Drive-In
19 de Junho de 2020

Coluna Cinema | A Volta do Cinema Drive-In

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Por Coluna Cinema 19 de Junho de 2020 | Atualizado 19 de Junho de 2020

Quantas experiências novas ainda vamos experimentar durante esse período de isolamento social? Eu não sei vocês mas a minha primeira experiência em Drive-In foi no projeto Arena Drive e para assistir ao show da Camerata tributo ao Queen. Me surpreendi com o evento, extremamente organizado e muito bem estruturado. A sensação é diferente de um show com aquela aglomeração, mas foi única. Curtir a energia dos músicos de dentro do carro, ouvindo o som através de uma onda de rádio FM, foi algo novo e extraordinário. Emocionante em vários momentos quando a cantora gritava: “Vocês não imaginam como isso é diferente para nós, ver todos esses carros daqui do palco.” As palmas foram substituídas por buzinas e o pisca-pisca dos faróis dos carros.

Faltava ainda a experiência de assistir um filme no Drive-In, e através de um convite da Paradigma Cinema em parceria com o Drive Park essa experiência tornou-se realidade na noite de ontem. Novamente parabenizo pela estrutura e organização do espaço que me surpreenderam. A qualidade de imagem e som é muito boa. Curti a sessão do filme Cadê Você, Bernadette?, estrelado por Cate Blanchett, tranquilamente, em segurança dentro do carro e ainda podíamos comprar lanches e bebidas através de aplicativo que eram entregues com toda atenção e cuidado pela excelente equipe de atendimento.

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Me perguntaram se eu achava que esse modelo de cinema veio para ficar e eu acredito que SIM. Veio para ficar. É uma forma de todos os profissionais do cinema e entretenimento poderem voltar aos shows, estreias e eventos em geral. 

Em 2015 uma companhia americana anunciou um projeto audacioso o August Moon Drive-In, na cidade de Nashville, nos Estados Unidos, que na época a previsão era inaugurarem em 2018. Ele foi reformulado como uma experiência interna em uma cúpula com 45.000 pés. Segundo a empresa, o ambiente, criado por alguns dos principais designers de teatros e parques temáticos, oferece uma atenção impressionante aos detalhes, incluindo 40 carros clássicos reais, dezenas de árvores em tamanho real, grama, caminhos de cascalho, um céu estrelado panorâmico, vaga-lumes e, é claro, uma impressionante “lua de marinheiro” de agosto brilhando em laranja e vermelho, logo acima da linha das árvores, o tema do empreendimento. “Essencialmente, estamos construindo um estúdio. Estamos construindo um set como se fôssemos filmar uma cena externa dentro do espaço interno de um estúdio”, declarou o criador do projeto, Michael Counts. 

Imagina se tanto investimento não veio para ficar?

A nível de curiosidade pesquisei a história do cinema Drive-In. A primeira experiência de que se ouviu falar ocorreu no México, na cidade de Las Cruces, que tinha um espaço parcialmente drive-in. O estabelecimento era um Outdoor Cinema, mas se diferenciava de um Drive-In por não ter as vagas para carros. Mas o Theatre de Guadalupe reservou um espaço especial para pombinhos assistirem aos filmes dos primórdios do cinema em seus veículos. Outras experiências ocorreram na década de 20, mas foi em 1933 que a invenção foi oficialmente patenteada, quando, após muitos testes em seu quintal, o magnata Richard Hollingshead Jr. abriu o seu cinema, na cidade de Nova Jersey.

Com o tempo o Drive-In foi se popularizando, atingindo o seu auge entre as décadas de 50 e 60. Na época, apenas nos Estados Unidos, existiam mais de 4 mil cinemas Drive-Ins, a maioria em áreas rurais. A tecnologia do período já permitia que, em muitos cinemas, o público ouvisse o áudio do filme no rádio dentro seus automóveis, através de uma frequência AM ou FM. Fonte: site www.cinemadebuteco.com.br

Para celebrar o Drive-In confira a sugestão de quatro filmes em que ele aparece:

Cinema Paradiso: Nos anos que antecederam a chegada da televisão em uma pequena cidade da Sicília, o garoto Toto (Salvatore Cascio) ficou hipnotizado pelo cinema local e iniciou uma amizade com Alfredo (Philippe Noiret), projecionista que se irritava com certa facilidade, mas tinha um enorme coração. Todos estes acontecimentos chegam em forma de lembrança quando Toto (Jacques Perrin), agora um um cineasta de sucesso, recebe a notícia de que Alfredo faleceu. Ano 1988.

Grease: Na Califórnia de 1959, a boa moça Sandy (Olivia Newton‑John) e o metido Danny (John Travolta) se apaixonam e aproveitam um verão inesquecível na praia. Quando voltam às aulas, eles descobrem que frequentam a mesma escola. Danny lidera a gangue dos T-Birds, um grupo que gosta de jaquetas de couro e muito gel no cabelo, e Sandy passa tempo com as Pink Ladies, lideradas pela firme e sarcástica Rizzo. Quando os dois se reúnem, Sandy percebe que Danny não é o mesmo por quem se apaixonou, e ambos precisam mudar caso queiram ficar juntos. Ano 1978.

O Último Cine Drive-in: O jovem Marlombrando (Breno Nina) se vê obrigado a voltar à Brasília, sua cidade de natal, devido a doença de sua mãe, Fátima (Rita Assemany). Lá, ele vai reencontrar seu pai, Almeida (Othon Bastos), dono do Cine Drive-in, há 37 anos. Ele insiste em manter vivo o cinema, mesmo não atraindo mais espectadores como na década de 70. Para isso, conta com a ajuda de apenas dois funcionários: Paula (Fernanda Rocha), que cuida da projeção e da lanchonete; e José (Chico Sant’anna), um velho amigo de Almeida, que ajuda a vender ingressos no caixa e da limpeza do local. Com a ameaça de demolição do Cine Drive-in e o agravamento da doença de Fátima, pai e filho vão ter que se unir e tentar reviver o passado. Ano 2015.

Twister: Enquanto a tempestade mais devastadora das últimas décadas se aproxima, a professora universitária Jo Harding (Helen Hunt) e uma equipe de alunos com poucos recursos preparam o protótipo de Dorothy, um dispositivo inovador que coleta de dados de tornados, criado por seu ex-marido Bill (Bill Paxton). Quando Harding diz a Bill que Dorothy está pronto para testes, e que seu rival Jonas Miller roubou sua ideia, Bill se junta à equipe para uma última missão na busca de tornados. Ano 1996.

Hoje também comemoramos o DIA DO CINEMA NACIONAL. A data é comemorada em 19 de junho em homenagem ao dia em que o ítalo-brasileiro Afonso Segreto – o primeiro cinegrafista e diretor do país – registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898.

E você o que acha da volta do Drive-In? Seja para assistir um filme ou um show? Envie um e-mail para [email protected] ou comente nas minhas redes sociais @jessielodi.

Sua sugestão de pauta é sempre importante.

DROPS:

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O Festival Celucine em Casa está em sua reta final e, no domingo, 21 de junho, os vencedores do evento serão anunciados nas redes sociais do Canal Like, em uma live especial a partir das 18h. Na sequência, para fechar com chave de ouro a 9ª edição do festival, as produções ganhadoras vão ao ar na íntegra no Facebook do canal. De 25 a 27 de junho, às 20h, os premiados também serão destaques na TV

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