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Coluna Ana Lavratti: Receita de férias!
18 de Julho de 2017

Coluna Ana Lavratti: Receita de férias!

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Por Ana Lavratti 18 de Julho de 2017 | Atualizado 18 de Julho de 2017

 

Pensei em avisar que hoje começam as minhas férias.

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Mas arrefeci… na dúvida sobre a fronteira entre o começo e o continuum…

Não apenas por me sentir de férias, usufruindo cada ingrediente de cada momento, enquanto trabalho apaixonada pelo que faço, criando histórias, memórias e vínculos produtivos.

Não apenas por este gosto permanente de satisfação, mas também porque acredito que os começos não são sistemáticos; são sintomáticos…

E se as minhas férias não começaram hoje, mas há um ano, desfrutando em Montreal um campeonato mundial de fogos de artifício, estabelecendo contagem regressiva pras férias de 2017, pela convicção de que quero e preciso de mais tempo assim, a sós, com a minha família?

E se as férias já começaram no dia em que decidimos o destino, a hospedagem, o meio de transporte, abstraindo em plena rotina, sonhando com sabores inéditos e cenários incríveis?

E se o que nos espera não for apenas férias, mas o começo de algo muito maior, como a recuperação do meu marido? A receita pra vencer a dor que se prolonga em banho-maria… Desde quando mesmo?

Lá se vão quatro anos com macas em vez de pistas… pedidos médicos soterrando as planilhas de treino… paciência em vez de “pace”.

Mas quem disse que o meu amor-atleta começou a se tratar ali, na primeira cirurgia seguida de outras 15, adicionando fermento à coragem pra conter o tumor que consome a coluna.

E se tudo isso começou muito antes? Quando aprendemos a rezar e confiar? A ter um corpo “al dente”, fortalecido no esporte e por nutrientes? A saciar de amor o medo? Exagerar no apetite de um casamento que nem sei ao certo quando começou.

Há 15 anos, apenas se consumou… Porque começou muito antes… quando desejei uma família perfeita… untada de fé pra não grudar nos obstáculos… altiva feito o fruto que só revela seu suco a quem se dispuser a romper a casca… Felizmente perfeita e perfeitamente feliz… porque se retroalimenta da simples chance de ser uma família.

É isso… as coisas não começam com um documento, um telefonema, uma assinatura ou post de férias… Precedem tudo isso… Remontam a quando abrimos o coração e permitimos a fermentação… de amizades verdadeiras, amores vitalícios, empreitadas vitoriosas e a certeza vigorosa de que Deus não é o começo nem o fim, o sal nem o açúcar, a água nem o óleo. Ele é a dose sempre certa. Banquete de bênçãos perpetuado. Pra fazer de nós preparados, persistentes, permeáveis. Pra não passarmos do ponto (que separa a essência da aparência). E encontrarmos a qualquer tempo um novo ponto de partida (rumo aos pontos de exclamação).

 

Em 05.08 eu volto!

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