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Coluna Ana Lavratti: Férias em família na Flórida, parte 4
23 de Setembro de 2019

Coluna Ana Lavratti: Férias em família na Flórida, parte 4

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Por Ana Lavratti 23 de Setembro de 2019 | Atualizado 23 de Setembro de 2019

 

Dando sequência ao nosso roteiro de #FériasEmFamília, confesso que depois do frescor do parque Aquatica, entre toboáguas, piscinas com ondas e correntezas, e das ilhas geladas do Sea World, onde o habitat dos pinguins e ursos polares compensa o calor extremo do Verão na Flórida, já chegamos ao Universal Studios profetizando um dia no inferno. Mas nem mesmo a promessa de temperatura nas alturas nos impediu de apostar alto nas #FériasEmOrlando, com Express pass e ingresso Park to park.

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Nos preparativos para a viagem, no auge do Verão 2019, claro que ficamos tentados a não sair dos parques molhados: Blizzard Beach e Typhoon Lagoon, da Disney; Volcano Bay, da Universal; Sea World, Aquatica e Discovery Cove, do grupo Sea World. Até que as gargalhadas sem fim nas montanhas “sem freios” – entre os parques da Universal na Flórida e na Califórnia -, ecoaram na memória de um jeito sem defeito. Implorando por replay! E se por um lado a previsão de calor se cumpriu, com aquela sensação de mais de 40oC numa selva de concreto, as profecias de quatro horas por fila (ufa!) não se concretizaram.

 

Em 10 horas, nossa filha foi a 15 brinquedos, incluindo as melhores atrações. Pra dar tudo certo, nossa logística foi assim. Como o Marcio já conhecia o parque, e as condições de saúde não permitem que caminhe muito, fomos só eu, dando guarida, mais a Lara destemida. Explico! Como só ela aproveitou os brinquedos mais radicais, além de poder escolher entre o Express pass e a single ride – questionando sempre qual tinha menos fila -, ela não perdeu um minuto entre lockers ou restaurantes, pois eu cuidava das bolsas, garantia a água gelada e a comida improvisada (tipo a raspadinha de bolinhas do quiosque mais próximo).

 

Aliás… Se tivesse tempo sobrando, ainda assim, não ficaria nos restaurantes. Na alta temporada, em julho, eles são tão lotados, barulhentos e com tanto cheiro de fritura, que o ar-condicionado e o exaustor simplesmente não dão conta. A menos que se vá com muita calma, pra usufruir de opções sob reserva com menu a la carte.

 

Primeiro parque do grupo Universal em Orlando, o Universal Studios traduz em adrenalina o clima de filmes antológicos. Ainda assim, apesar do apelo de tantos velhos amigos – ET, Shrek, Men in Black, Simpsons e Transformers – a Lara já chegou radicalizando. Nossa primeira escala foi na Rock It, a montanha russa famosa pela subida e queda livre num ângulo de 90 graus. No fim, com a ansiedade nas alturas, nem sei quem lembra que é possível escolher a trilha sonora de cada assento e rock it em todos os sentidos.

 

Pela nossa experiência, #Ficaadica: ao chegar no parque, vá direto ao seu sonho de consumo. Quando a Lara tentou ir na Rock It pela segunda vez, cancelaram a função pela ameaça de chuva. Seria muito frustrante, se não tivesse ido pela manhã. Inclusive, quem for pagar extra pelo Express pass precisa considerar quantas vezes quer voltar na mesma atração, já que o “fura fila” com direito a replay é ainda mais caro.

 

Há cinco anos, desde que o universo do Harry Potter invadiu a Universal, a maior densidade demográfica fica mesmo por ali. Ainda que muitos Vlogueiros façam aquela cena, de que o acesso ao Diagon Alley seja secreto, difícil de encontrar, e que deram a maior sorte ao ver o dragão cuspindo fogo, pra nós foi tudo muito óbvio. Ao tropeçar com um ônibus roxo de três andares, difícil mesmo seria passar reto…

 

Um diferencial dos parques da Universal, em relação aos outros, é que em vez de uniforme padrão, em cada atração os funcionários se vestem a rigor, feito personagens dos filmes em questão. A música ambiente, lojas, restaurantes e jardins abraçam a causa com tamanha fidelidade, que a gente se sente parte do set.

 

Em New York New York, adivinha… já chegamos ao som de Frank Sinatra. E enquanto a Lara se aventurou na montanha russa Revenge of the Mummy, desbravei um quarteirão de aguçar a memória. Entre os prédios reproduzidos ali, tem Guggenheim Museum, Metropolis Tribune e NBC Studios, onde o público vira plateia do The Tonight Show com Jimmy Fallon, desviando em alta velocidade do Empire State, da Estátua da Liberdade e dos pontos mais famosos da Big Apple reproduzida em 3D.

 

Mas onde os cenários atingem seu ápice é no Wizarding World of Harry Potter. A fiel tradução da saga best-seller, o dragão cuspindo fogo, o Banco de Gringotts onde é possível trocar dinheiro por cédulas aceitas no parque, o ar sombrio assombrando lojas e lanches… tudo vira detalhe quando comparado à contribuição dos próprios fãs da série. Apesar das filas gigantes, nada demove o sonho de comprar uma varinha, literalmente, com poderes mágicos.

 

Na nossa “maratona” por 15 brinquedos, claro que o comércio ficou de fora, o que não nos impediu de viver a magia dos outros, com as varinhas disparando fontes de água, movimentos nas vitrines, dando asas ao mistério e à imaginação.

 

Quando o ingresso é Park to park, ou seja, permite que a gente aproveite o Universal Studios e Islands of Adventure no mesmo dia, o transfer de um parque pro outro é nada menos do que o Hogwarts Express. E foi ali, a bordo do trem, que eu vivi uma das experiências mais convincentes da nossa aventura, com personagens projetados entre portas e janelas com tamanha precisão, que até as impressões digitais emergem no vidro do vagão.

 

Chegando ao Islands of Adventure, mesmo concorrendo com “clássicos” da adrenalina, como o Jurassic Park River Adventure e a montanha russa do Incrível Hulk, a atração mais disputada é mesmo a “selvagem” Hagrid’s Magical Creatures Motorbike Adventure, que perpassa a floresta em uma motoca de época. Por mais que todos os amigos já tivessem recomendado, a previsão de mais de duas horas na fila foi tão assustadora quanto as criaturas do filme. Então pulamos para o castelo, Harry Potter and the Forbidden Journey, e a montanha russa também temática, Flight of the Hippogriff, sem deixar de vivenciar o show das varinhas, desde as réplicas vendidas em quiosques até versões mais exclusivas… que na loja Ollivanders escolhem o seu “bruxo”.

 

Outro cuidado, além de escolher qual fila merece mesmo ser encarada, é se preparar para os brinquedos molhados, que nos parques da Universal lavam o corpo e a alma. Na queda num bote na Dudley Do Right’s e pelas corredeiras da Popeye & Bluto’s Bilge-Rat Barges, não há quem escape do banho completo… Mas confesso… No auge do Verão, o que não falta é gente querendo se molhar, entrando de tênis, bolsa e celular nas fontes de água da área Toon Lagoon.

 

Como bem manda o nome, Islands of Adventure, a aventura continua com os mais exóticos anfitriões: King Kong na Skull Island: Reign of Kong, o Homem Aranha, heróis e heroínas na Marvel Super Hero Island – não só batizando os brinquedos mas interagindo com os visitantes -, e a fúria de Poseidon em The Lost Continent, que ao contrário do que sugere o nome, é um dos programas mais tranquilos. Na área infantil, claro que não fomos, mas se for o seu caso, a Seuss Landing oferece quase 10 atrações para os filhos pequenos.

 

Extasiadas e exauridas, ainda demos aquela sorte: a fila na Motorbike Adventure da ala Harry Potter caiu pra 40 minutos. Pra Lara, foi o melhor de tudo. Retornando ao Universal Studios com o Hogwarts Express, me obriguei a um pit stop no show das águas dançantes. O lago que divide o parque concentra uma das poucas áreas com bancos cobertos, já que a maioria dos repousos é mesmo no sol, no chão, à mercê da multidão. (Quem achou que isso é uma crítica, está com a razão).

 

Se nós amamos? Sim! Porque ver um filho feliz é o que toda mãe sempre quis. Se conseguimos ver tudo? Não! Como os mapas concentram informações de serviços, brinquedos, lojas e alimentação, acaba ficando confusa a nossa localização. Mas o importante é que transcendemos tudo o que faz parte da nossa rotina e nos abastecemos num mundo paralelo, de emoção, magia e cumplicidade mãe e filha.

 

Mais novo parque do mesmo grupo, o Volcano Bay parece tão sensacional, com toboáguas, piscinas e cachoeiras emoldurados de tradição polinésia, que deixamos pra próxima, o que nos obriga a voltar pra Flórida. Otimizando qualquer estada, a equipe da Menton Viagens nos traz as dicas deste parque, a começar pela pulseira, TapuTapu, que automatiza o tempo de espera, avisando a nossa hora de entrar na atração.

 

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As áreas são divididas em Krakatau, em torno do vulcão que dá nome ao parque, Wave Village, onde estão as piscinas com ondas, River Village, com correnteza mais lenta, especial para pais e filhos, e a Rainforest Village, onde estão os brinquedos mais radicais. Entre jatos de água, toboáguas, descidas em tapetes, rios com coletes, do túnel sombrio ao banho de sol, tudo no Volcano dá um banho de diversão.

 

A Universal oferece transfer entre os parques (com ônibus ligando um parque ao outro), ingressos Park to park (pra conhecer dois parques em um único dia), pacotes com refeições incluídas, Express pass que dribla as filas e cabanas sob reserva, pra curtir o Volcano de camarote. Assim, cada família pode ter uma experiência completamente diferente. No nosso roteiro, de casal com filha adolescente, as próximas escalas foram Animal Kingdom e Magic Kingdom, dois parques com o selo de excelência da Disney que eu exploro aqui na próxima segunda-feira.

 

Acompanhe a colunista Ana Lavratti também no Instagram @analavratti

 

Para ampliar as imagens e acessar o slideshow, clique nas fotos da Galeria.

 

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