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Coluna Alisson Barcelos | A pergunta de US$ 1 milhão sobre a pandemia
01 de Março de 2021

Coluna Alisson Barcelos | A pergunta de US$ 1 milhão sobre a pandemia

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Por Alisson Barcelos 01 de Março de 2021 | Atualizado 01 de Março de 2021

Foto: Bermix Studio/Unsplash
 

Restringe atendimento. Abre. Fecha. Permite, restringe parcialmente, restringe totalmente, abre tudo e depois fecha. Vem o verão, o Natal, o Ano-novo e o Carnaval, tudo pode. Aí nem duas semanas depois da última folia de momo, o País entra em colapso. O prêmio de US$ 1 milhão vai para quem conseguir responder à pergunta: quando (dia D e hora H) os governos em todas as esferas vão assumir suas responsabilidades em relação à  Covid-19 e a população vai fazer o que precisa ser feito – a sua parte?

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A matriz de risco de contágio do novo coronavírus em Santa Catarina amanheceu no último sábado (27) com bandeira vermelha, o que significa risco gravíssimo de contaminação. Somada a isso, a taxa de ocupação de leitos de UTI-Covid no SUS em todo o Estado é de 96,42%. Florianópolis não tem vagas. Há filas de espera por leitos de UTI em Santa Catarina. O colapso está praticamente generalizado e não há ninguém que pare o jogo, segure a bola, e dite as regras direito, se fazendo entender e respeitar. 

Enquanto isso, há a doença, a insegurança sanitária, a falta de vacinas, de planejamento, há empresas quebrando e gente desempregada. Em todos os setores.

A questão é séria e preocupante desde a descoberta do primeiro caso no Brasil, há um ano. Muitos países já conseguiram parar a contaminação, endureceram medidas, outros comemoram a vacinação em massa e a retomada da economia. E a gente? Patina. A gente vive o pior momento da pandemia. Sem saber o que esperar além de mais mortes.

Não dá mais para fugir: cada um tem de fazer a sua parte cumprindo as normas sociais para que possamos viver em sociedade e para evitar que os prejuízos não se tornem irreversíveis.

 

Primeiro semestre perdido para o setor de eventos

Não é boa a perspectiva para o setor de eventos a curto nem a médio prazos em Florianópolis. Esta é a percepção do Superintendente de Turismo da Capital, Vinicius De Luca Filho. Para ele, o primeiro semestre é um semestre perdido para quem trabalha com eventos em Floripa. “Algumas ações, algumas empresas conseguiram se reinventar, mas o grosso do setor ainda está sofrendo há bastante tempo. Esta perspectiva nada animadora vai continuar ainda por um bom tempo”, considera.

Quanto ao setor de turismo, a expectativa de retomada vigorosa já no início de 2021 está descartada não só pelos indicadores da hotelaria e de movimentação econômica relacionada ao turismo de janeiro e fevereiro, mas porque não há um fluxo nem próximo dos anos anteriores à pandemia. “Acredito que a retomada deve ocorrer a partir de maio ou junho, sobretudo no segundo semestre, passando pela vacinação de mais gente. Com maior número de pessoas sendo vacinadas em Florianópolis e no Brasil, os indicadores devem melhorar porque as viagens vão recomeçar, ainda que devagar.”

 

Globo de Ouro 2021 em formato híbrido

A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood realizou na noite deste domingo (28), a 78ª edição do Globo de Ouro, em formato híbrido – parte online, parte presencial – repetindo o modelo testado no Emmy 2020. O evento, que premiou 21 categorias, teve como apresentadoras Tina Fey direto do palco do Bervely Hilton Hotel, em Los Angeles, e Amy Poehler, no topo do Rockfeller Plaza, em Nova York, além de convidados anunciando as categorias. 

Para que o evento fosse possível, todos os convidados tiveram de seguir uma quarentena e se submeterem a testes para detectar a contaminação por Covid-19. Alguns dos prêmios também foram entregues nas casas dos atores – também com transmissão ao vivo -, demonstrando algumas das possibilidades dos eventos híbridos e como eles podem se tornar experiências tão inesquecíveis quanto os presenciais. Segundo especialistas em cinema, deve abrir o calendário de eventos de premiações híbridas em todo o mundo para evitar as contaminações pelo novo coronavírus. 

 

Buenos Aires retomam eventos presenciais

Buenos Aires, a capital da Argentina, retomará os eventos presenciais a partir desta segunda (1º). O retorno foi possível depois que o Buenos Aires Convention & Visitors Bureau e autoridades locais desenvolveram um protocolo específico para determinar o número de pessoas para cada tipo de reunião e como os locais-sede devem se preparar. A partir da experiência na capital argentina, os outros destinos devem reativar o setor. 

 

Retomada também nos EUA

Após quase um ano sem funcionar por causa da pandemia do novo coronavírus, os Estados Unidos também iniciaram a retomada. As arenas de Nova Iorque estão abertas para eventos desde o dia 23 de fevereiro. Os shows no Madison Square Garden, em Manhattan, e no Barclays Center, no Brooklyn, também foram liberados. Devem reabrir com 10% da capacidade total de público. Em Las Vegas, clubes e pools anunciaram a reabertura a partir deste início de março com capacidade reduzida. 

 

A favor dos profissionais do setor

Após uma pausa de cinco anos, o Jamaica Jazz & Blues Festival será realizado de 4 a 6 de março de forma virtual e terá como tema Bringing Back the Magic (Trazendo a Magia de Volta). Patrocinado pelo Escritório de Turismo da Jamaica, o evento pretende arrecadar fundos aos profissionais do setor, impedidos de trabalhar desde o início da pandemia. O show será gratuito e o público poderá acessar neste link, onde também fará as doações.

 

Quer sugerir algum tema para a nossa coluna? Entre em contato pelo e-mail: [email protected].

 

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