AcontecendoAqui está publicando uma série de entrevistas com os brasileiros selecionados para o corpo de jurados do Cannes Lions Festival que será realizado de 17 a 21 de junho de 2019 na cidade de Cannes, França. A sexta entrevista da série é com o CEO da Hands, Marcelo Lenhard que é formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, com MBA Executivo em Marketing pela Madia Marketing School. Empreendeu muito cedo, aos 19 anos já liderava o seu primeiro negócio de comunicação. Em 2007 fundou a Hands, agência que cria e desenvolve projetos de Brand Experience & Activation. Recentemente, em 2018, a Hands foi eleita Agência do Ano pela AMPRO. A agência já havia conquistado este título em 2016, sendo também indicada ao prêmio Caboré no mesmo ano como agência do ano, premiação mais importante de comunicação e marketing no Brasil. Marcelo participou como jurado nos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016 do AMPRO GLOBES AWARDS e também do EFFIE AWARDS nos anos de 2016 e 2018, premiação realizada pelo Meio & Mensagem no Brasil.
Qual é a sensação em fazer parte da equipe de jurados o Cannes Lions 2018?
Ser indicado para o júri de Cannes é uma honra, tenho certeza que para qualquer profissional do nosso mercado. Ainda mais no meu caso, sendo de uma agência independente, isso torna a indicação ainda mais valiosa. Desenvolver um trabalho que seja percebido é sinônimo de que estamos conseguindo atingir nossos objetivos de negócios.
Qual é o aprendizado ou troca de experiências que você imagina ter lá com criativos de diversos cantos do mundo?
Essa oportunidade é muito importante para troca de experiências. Estou indo com a cabeça aberta para compartilhar, mas principalmente para aprender.
O Festival passou por uma grande reformulação nas 3 últimas edições. O que você poderia citar sobre essas mudanças e o que será avaliado em Brand Experience & Activation, Categoria que você vai julgar?
O Festival tem ficado muito atento às necessidades e mudanças no mercado, é natural do processo que surjam novidades a cada ano. O grande desafio para avaliação de Brand Experience & Activation é conseguir identificar primeiro se as campanhas inscritas realmente representam a categoria. Em um segundo momento, e o que na minha visão é o mais importante, é identificar que a história da experiência tenha acima de tudo um potencial de disseminação de resultados em PR e em Social, porque só assim a experiência faz sentido.
Cite um grande trabalho da sua agência que vai concorrer Cannes neste ano.
A Hands não tem trabalhos inscritos no festival esse ano.
O que é mais importante em Cannes? Ganhar um leão, palestras, conhecer pessoas?
Quando falamos em Cannes, logo pensamos em toda a troca de experiências. O Leão é importante, assim como as palestras e o networking. Vou ao Festival há alguns anos e é sempre uma ótima oportunidade de conhecer novas pessoas, além de acompanhar as tendências e novidades de mercado. E claro, para a agência conquistar um Leão em Cannes é muito importante também. Mas é o conjunto de fatores que faz o Festival ser o que é.
Por que o Brasil valoriza tanto Cannes? Um dos países com maior número de inscrições, visitantes e leões.
Vejo como algo histórico. Sempre tivemos um mercado com uma oferta criativa acima da média global. O Brasil sempre se destacou entre os cinco países mais criativos, com campanhas e agências do ano ao longo dessas últimas três décadas. Então acredito que acabou criando uma cultura no mercado para o Festival. Além disso, existe também a questão da diferença do mercado brasileiro em relação a questão da compra de mídia.
O que não falta na sua bagagem para Cannes?
O que não vai faltar na minha bagagem é o peito aberto. Não vou apenas para julgar, estou indo para aprender. Será uma experiência enriquecedora. Não pode faltar atenção e entrega, porque o que eu mais preciso fazer lá é ouvir e aprender, quero sair de Cannes com a certeza de que valeu muito a pena.
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