Brasil conquista 1 Bronze em Lions Glass | Cannes Lions 2017
19 de Junho de 2017

Brasil conquista 1 Bronze em Lions Glass | Cannes Lions 2017

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Esta categoria foi lançada em 2015 e premia trabalhos que tratam dos casos de gênero e concedeu 11 prêmios:
– 1 GP
– 2 Ouro
– 3 Prata
– 5 Bronze 

O Grand Prix foi para a Mc Cann New York com a ação Fearless Girl, da State Street Global Advisors.

No centro financeiro de New York se localiza a icônica estátua de um touro de bronze que Di Modica criou há quase 30 anos e que foi um presente para a cidade, pretendido como um símbolo de sua resiliência após o colapso do mercado de ações de 1987. Em 2012, o touro tornou-se um símbolo de protesto ao ocupar Wall Street.

No início do mês de abril a cidade se deparou com a cena entre o Charging Bull e Fearless Girl, duas estátuas que compartilham o mesmo pedaço de uma medalha de Bowling Green.

Fearless Girl, a estátua de uma menina de mão na cintura, representa o cansaço de desigualdade de gênero. O seu poder reside no seu calendário: revelado na véspera do Dia Internacional da Mulher e logo após as marchas nacionais de mulheres protestaram contra Donald Trump e seu passado genital. Essa antipatia explica a resposta do mafioso Bill de Blasio ao pedido de Di Modica de que a menina seja removida. “Carregar Bull é uma celebração do capitalismo sem restrições”, o prefeito disse que “Fearless Girl representa  a justiça, o empoderamento das mulheres”. Com informações do Crain’s.

 

O que disse a presidente do júri
Wendy Clark, Chefe de Execução na DDB Worldwide, presidente do Jury de Glass, começou citando  que na categoria Glass houve 30% mais inscritos em rela~]ao a 2016, e nos últimos 3 anos a categoria cresce cada vez mais. Porém sua perspectiva é de ver essa categoria desparecer, pois quando o mundo será justo e que as diferenças serão respeitadas, campanhas engajadas não serão mais necessárias.
“Enquanto houver injustiça essa categoria ainda vai existir, e campanhas de tratando de violência doméstica, tráfico humano, e igualdade de gênero por exemplo, ainda serão importantes”, disse Wendy.

Os critérios principais foram a capacidade de uma campanha inspirar o mundo, transformá-lo e desafiar uma causa particular.

#Fearlessgirl
“Ela trouxe a atenção do mundo, em sua simplicidade, em seu simbolismo, que transcende a geografia e a cultura. Ela encapsula a esperança de cada mulher, da garotinha à senhora.” Comenta Wendy com emoção.

O festival de Cannes abre espaço para a  diversidade?
Amani Al-Khatahtbeh, fundadora e editora do MuslimGirl.com, membro do júri de Glass, pediu a palavra durante a palestra. Ela disse que foi obrigada a retirar o véu no Aeroporto de Nice, o que lhe causou um grande constrangimento, sendo que não havia nenhuma necessidade de tal ato. Lembrou que era a única representante feminina muçulmana nos júris, e que as marca podem usar seu poder para trazer mudanças na sociedade, então fez uma pergunta para Philip Thomas, CEO do Festival, quais as medidas que o Cannes Lions tem tomado para garantir a diversidade dentro do festival?

Philip Thomas respondeu que nos últimos anos aumentaram a participação das mulheres nos júris e a diversidade de culturas, trazendo membros de diferentes países em cada júri. E afirmou que nesse mesmo objetivos criaram o catetoria Glass Lions. “Nós aconselhamos os jurados a prestarem atenção na maneira como as mulheres estão representadas nos trabalhos concorrentes”, disse Phil.

Ele adicionou que o número de trabalhos que tem uma preocupação com problemas sociais, politicos e econômicos tem aumentado. E que hoje as marcas têm a preocupação genuína de que eles têm a responsabilidade de fazer um mundo melhor. 

O Brasil ganhou um Bronze com Strong Girls da Nestlé, com criação da Ogilvy Brasil.