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ARTIGO | Desafios e conquistas do marketing digital em SC
26 de Abril de 2017

ARTIGO | Desafios e conquistas do marketing digital em SC

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por Tania Vicente*
 
Que o mercado de marketing digital catarinense é enorme e pouco explorado muitos comentam. No entanto, apesar de soar quase paradoxal, também é preciso sublinhar que algumas empresas de Santa Catarina vêm se tornando uma espécie de vitrine para outros estados brasileiros nessa área. Como elas estão alcançando esse papel de vanguarda? Ousando. Oferecendo ao marketing uma roupagem nova, retirando dele o carimbo analógico que lhe estava impregnado.

Mercados como o de São Paulo e Rio de Janeiro já identificaram algumas dessas agências catarinenses inovadoras e vêm abrindo as portas para elas. Marcas consagradas na área da moda, como a Shoulder, a Pop Up Store e a 33/34, já deslocaram o controle das suas atividades de marketing digital para Florianópolis, assim como outras marcas de segmentos fortes, como o de alimentação e educação.

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Neste momento em que o marketing digital deixa de ser considerado novidade em boa parte do Brasil, passando a ser definitivamente entendido como uma ferramenta necessária para empresas e prestadores de serviços, os olhos do país se voltam para Santa Catarina, afinal o polo tecnológico do Estado já vinha se preparando para essa realidade há alguns anos.

Curiosamente, porém, ao mesmo tempo em que a inovação catarinense passa a romper fronteiras e ganhar projeção e admiração nacional, dentro do estado a resistência dos clientes ao novo marketing ainda é acentuada. Parcerias fechadas, muitas vezes, à distância com clientes expressivos de São Paulo, bastando reuniões virtuais, telefonemas e trocas de e-mails, fazem parte de um fluxo ainda utópico de se imaginar por Santa Catarina.

Aqui, a fase de prospecção continua longa e desgastante. Clientes de porte médio e até mesmo grande ainda olham com certa desconfiança para o avanço do marketing digital. Somente após várias reuniões presenciais com um cliente potencial é que começamos a romper barreiras que nos primeiros contatos pareciam intransponíveis. Termos considerados banais em grandes centros, como geolocalização, por exemplo, ainda são desconhecidos para diversos clientes da nossa região.

Diante deste cenário, é imprescindível tranquilizar a todos e frisar: as mídias tradicionais não deixarão de existir, elas são complementares. Mas basta, por exemplo, um simples passeio de ônibus pela cidade para notar que aos olhos do público os outdores já parecem muito menores do que uma simples tela de telefone celular.

Até mesmo os aparelhos de televisão, que todos nós ligamos quase que religiosamente, já estão se acostumando à companhia constante e simultânea de tablets, computadores e telefones celulares. Assistir à programação televisiva ao mesmo tempo em que se navega pelas redes sociais já é algo tão natural como andar e mascar chiclete.

Indo direto ao ponto: quem em 2017 não está na internet praticamente não existe. Isso, porém, é muito diferente de estar apenas na internet. É como se a rede mundial fosse uma ferramenta que permite aos usuários manusear as demais mídias. Todas as marcas precisam estar atentas a esse movimento, elas precisam ir para onde o pessoal está olhando.

O ano de 2016 foi um divisor de águas. Agências e clientes que entenderam a transformação da comunicação, usando as novas ferramentas de marketing, não só contornaram o período de crise econômica como encontraram oportunidades para crescimento, fidelizando clientes que já estavam na casa e aumentando a base de clientela. Quem insistiu exclusivamente no modelo antigo teve mais problemas.

Neste ano de 2017, as dificuldades sem dúvida ainda estão fortes, mas a solução para elas também está mais clara. As agências de Santa Catarina vêm demonstrando ao país que a única alternativa à crise é aparecer, e aparecer bem. Basta confiar!

*Tania Vicente é sócia-diretora da agência catarinense iW2 Digital

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