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No Vale do Sílicio todos falam a mesma língua e por isso todos inovam
15 de Maio de 2014

No Vale do Sílicio todos falam a mesma língua e por isso todos inovam

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Por Fernanda Bornhausen 15 de Maio de 2014 | Atualizado 03 de Dezembro de 2021

Uma visita ao Berço da Inovação ainda melhor do que a de 2013

Minha viagem para o Vale do Silício em março desse ano se deu a convite da TechSoup Global, organização sem fins lucrativos pioneira (27 anos) nos EUA no uso da tecnologia para mudança social, para apresentar nosso trabalho no programa Social Good Brasil.

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Logo que fui indicada pelo meu parceiro Valter Cegal da TechSoup Brasil, fiquei muito contente. Como a Techsoup está presente em mais de 50 países, sabíamos que estávamos concorrendo com dezenas de outras organizações que trabalham com tecnologia para a mudança social a uma das 5 vagas para ONGs convidadas a apresentarem seus trabalhos.

Para nossa felicidade fomos uma das 5 escolhidas, dentre tantas indicadas do mundo todo. As outras 4 escolhidas, com maravilhosos trabalhos e pessoas por sinal, eram da Polônia, Filipinas, África e Índia.

fernanda1E aí começou minha nova jornada no Vale do Silício em pleno carnaval. Foram 5 dias de grande aprendizado e trocas, que me gratificaram muito.

Lembro que escrevi aqui sobre minha viagem para lá em novembro de 2013, quando a trabalho na Clear Inovação levei um grupo de empresários brasileiros para uma Innovation Learning Trip. Bem, dessa vez foi ainda melhor. Aqueles que me dão o privilégio da leitura através das minhas colunas sabem que uma das minhas grandes paixões, desde 17 anos, é meu trabalho voluntário. E mais recentemente, 1 ano e pouco, o nosso novo programa Social Good Brasil.

Vale falar também que fomos pioneiros no tema da Tecnologia para mudança social no Brasil, IVA e ICOM em conjunto, e que tivemos a ousadia de promover o primeiro seminário internacional sobre o tema em 2010 em Florianópolis, o TIB 10, que foi um sucesso.

fernanda2Dito isto, começo a contar um pouco sobre a minha experiência da viagem. De cara vou dizendo que o espírito de troca que havia  sentido na Innovation Learning Trip é ainda mais forte na rede da TechSoup e seus parceiros, bem como em todos os locais que tivemos a oportunidade de visitar, como a IDEO.org (já tinha visitado a IDEO.com), o Volunteermatch (que merece uma coluna toda), a Tides Foundation, liderada pela nossa parceira Kriss Degelmeier, O CSI (Centre of Social Innovation) dentro da Business School de Stanford – um sonho – e  a @DSchool, berço do Design Thinking onde fomos recebidos e guiados por voluntários estudantes de Stanford.

Em todos os locais tivemos uma atenção genuína e uma maravilhosa acolhida. O que mais me impressiona é a falta de soberba e arrogância (que valorizo tanto) por parte de pessoas e organizações com tanto destaque no mundo da tecnologia e inovação social. Por mais qualificadas que sejam as pessoas, elas não se acham melhores que ninguém, uma verdadeira lição de sabedoria.

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Agora vou contar um pouco de desafio posto para mim ao receber o briefing para a apresentação no TechSoup Global Summit: contar em 5 minutos, via storytelling (ainda bem que uso bastante a técnica que aprendi com nossa parceira Soap) a história de como foi criado o Social Good Brasil. Bem, fui escrevendo no avião na ida, pois havia decidido aproveitar um pouco do carnaval antes de viajar na segunda feira. Ao escrever me dei conta de que essa história é maravilhosa, repleta de personagens reais que transformaram meu trabalho voluntário e os destinos do Instituto Voluntários em Ação. Acho que consegui passar a mensagem pela quantidade de feedbacks positivos que recebi, mas confesso que foi difícil contar a história em 5 minutos com meu inglês que não é uma Brastemp…

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No mesmo dia fomos levados por uma das VP da TechSoup Global (que tem mais de 200 colaboradores no mundo todo) para uma nova e excitante experiência: apresentar nosso trabalho para 72 alunos de mestrado em empreendedorismo social da Hult Internacional, que é considerada uma das melhores escolas de negócio do mundo, dessa vez apresentar o Social Good Brasil Lab. Encontramos lá dois estudantes brasileiros show, com quem já estamos em contato via Linkedin.

Bem, descrever todas as experiências e visitas é assunto para umas 4 colunas, então paro por aqui como uma reflexão que considero importante: no Vale do Sílicio todos falam a mesma língua e por isso todos inovam.

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