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Philip Kotler e o seu modelo A-F para inovação. Indispensável para quem é da área de marketing
19 de Junho de 2012

Philip Kotler e o seu modelo A-F para inovação. Indispensável para quem é da área de marketing

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Por Fernanda Bornhausen 19 de Junho de 2012 | Atualizado 03 de Dezembro de 2021

Se você acompanhou meu último artigo aqui no AA, já conhece os 7 problemas que o Kotler aponta como os entraves a inovação. Hoje vou falar do modelo que ele propõem para que as empresas, de qualquer ramo,  possam inovar de forma assertiva .

O modelo, apresentado em seu livro A Bíblia da Inovação  (Philip Kotler e Fernando de Bes, 2011), que nominou como A-F, é fruto de análise de várias empresas que considera inovadoras ao longo dos anos. Eles explicam que procuraram torná-lo flexível, aplicável a todas as empresas e abrangente o suficiente para se adaptar a qualquer prática passada ou futura que envolva inovação.

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Antes de introduzir o modelo lembram uma questão básica, que muitas vezes relegamos a segundo plano: os seres humanos enxergam a mudança como algo a ser evitado, algo que não trará nada de bom, ao menos no curto prazo. E que isso nas organizações dificulta muito a inovação. Se ninguém tiver o trabalho de ativar, de lançar os processos de inovação e mudança, as pessoas responsáveis pelas atividades diárias permanecerão concentradas em sua rotina. Esse é fator importante no mundo empresarial, que explica por que as empresas inovadoras são minoria.

Nas melhores práticas das empresas mais inovadoras do mundo, as pessoas designadas para realizar uma tarefa específica relacionada a inovação são removidas, parcial ou totalmente, das operações diárias.  

É importante, antes de entrar no modelo A-F, lembrar de algumas coisas bem básicas e fundamentais. Para o sucesso de um processo de inovação é preciso ter planejamento, estratégia elaborada e processos definidos. Segundo eles a organização é fundamental.

Eles citam as etapas do processo de inovação: Objetivos – Pesquisa – Ideias- Avaliação – Desenvolvimento – Lançamento.

Mas, diferente de outros autores e métodos, eles se focam nas funções das pessoas para alcançar o sucesso e não nas fases. Outro ponto relevante é que advogam que as etapas se alternam, sendo natural a inda e vinda entre as etapas acima descritas. A inovação requer muito “ ir e vir”, retornando a mesma ideia, rejeitando-a, adotando-a novamente, revisando-a, buscando informações, projetando, constatando que o projeto não é o ideal e que precisamos voltar a prancheta. A inovação não é algo linear, mas um processo que avança, porém com muitos recuos e desvios.

O modelo A-F não é um processo de inovação, mas uma lista de funções básicas que eles descobriram existir nas empresas que revelaram as melhores práticas de inovação dos últimos anos.

A proposta deles é que se uma empresa quer inovar, deverá definir essas funções e atribuí-las a indivíduos específicos e, então, tendo estabelecido objetivos, recursos e prazos finais, deixá-los interagir livremente para criar os seus próprios processos.

Resumidamente, as funções identificadas pelos autores para o modelo A-F são:

Ativadores: pessoas que iniciam os processos de inovação sem se preocupar com estágios ou fases.

Buscadores: especialistas na busca de informações.

Criadores: pessoas que produzem ideias para o restante do grupo.

Desenvolvedores: pessoas especializadas em transformar ideias em produtos e serviços.

Executores: são as pessoas responsáveis pela implementação.

Facilitadores: são os que aprovam os novos itens de despesa e o investimento necessário a medida que a inovação avança.

No livro, eles dedicam um capítulo completo para cada uma dessas funções, mas  aqui me limitei a citá-las somente.

No entanto ao ler o livro todo, que traz muitos casos e experiências de aplicação do modelo A-F, e também de outras técnicas para inovar,  fiquei totalmente convencida sobre essa questão das funções, que é bom salientar, podem e devem ser ocupadas por pessoas de todos os níveis da organização. Penso que o modelo apresentado é uma excelente alternativa para inovação em modelos de negócios, gestão, processos e etc.

Temos que sair da zona de conforto, mudar o modelo mental, aproveitar esses modelos e técnicas que estão amplamente disponíveis para iniciar um processo de inovação. As pessoas são a chave de tudo e não a tecnologia. É totalmente viável para os negócios a inovação não tecnológica, para qualquer porte de empresa.

Minhas experiências  com inovação tem sido muito animadoras. Quanto mais estudamos e a aplicamos novas técnicas e metodologias, mais temos avançado na inovação.  

Recomendo fortemente a leitura desse livro do visionário Philip Kotler.

Do seminário (20 e 21 de junho de 2012) enviarei notícias, dicas e toques do mestre. Acompanhe aqui no AA, no Twitter e Facebook.

Convido-os para a leitura dos próximos artigos sobre o tema.

Se quiserem conhecer um pouco mais sobre como pensar e agir de maneira diferente para inovar, os convido a ler esses posts:

Little Bets: Pequenas apostas para empreender de forma inovadora

Modelo Canvas: uma ferramenta para o sucesso

Já ouviu falar em Modelos de Negócios? O momento é agora

No blog da Clear Educação e Inovação você encontrará vários posts sobre inovação, escritos por mim e por nossos parceiros.

Sintam-se a vontade para comentar, participar na discussão, criticar e etc. Vocês me encontram no email [email protected], Twitters @fernandabornsa e @cleareducacao.

Obrigada pela leitura e até a próxima!

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