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Diário Catarinense vence categoria Multimídia do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog 2017 com reportagem sobre mulheres que sofrem violência no campo
10 de Outubro de 2017

Diário Catarinense vence categoria Multimídia do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog 2017 com reportagem sobre mulheres que sofrem violência no campo

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O Diário Catarinense é mais uma vez vencedor do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, um dos mais importantes méritos jornalísticos do Brasil. Com a reportagem Sozinhas – Histórias de mulheres que sofrem violência no campo, o jornal estadual da NSC Comunicação se sobressaiu nesta 39ª edição e ganhou na categoria Multimídia – a mesma em que foi premiado em 2015. O resultado foi anunciado na manhã desta segunda-feira (9) em São Paulo.
 
“O fato de recebermos um prêmio tão importante pela segunda vez em um intervalo de apenas três edições nos traz não apenas orgulho, mas a confiança de que estamos realizando um trabalho diferenciado nas plataformas digitais, capaz de chamar a atenção do público para questões que não podem ser deixadas de lado no nosso Estado. Isto nos faz crer que estamos cumprindo o nosso propósito”, comemorou o editor-chefe do Diário Catarinense, Domingos Aquino.
 
A reportagem de Ângela Bastos com imagens de Felipe Carneiro conta a história de agricultoras que enfrentam a violência no interior de Santa Catarina. A equipe viajou cerca de 4 mil quilômetros em busca dos relatos e ouviu pesquisadores e lideranças de movimentos sociais ligadas ao assunto. Além do especial digital, com vídeos e áudios, o trabalho foi publicado no Caderno Nós em 1º de julho de 2017, em uma edição especial de 16 páginas. O especial multimídia inclui ainda um webdocumentário.
 
O material revela que o isolamento das propriedades, a falta de vizinhos por perto e as dificuldades de comunicação constroem uma realidade de isolamento brutal para essas campesinas que, diferentemente das mulheres que vivem nos espaços urbanos, não têm como pedir ajuda. Distantes dos serviços de proteção, como delegacias de polícia e abrigos, elas enfrentam violências física, psicológica e financeira – e, em alguns casos, essa situação chega ao extremo.
 
O trabalho multimídia teve ainda design e programação de Maiara Santos, edição de texto de Júlia Pitthan, edição de imagens de Ricardo Wolffenbüttel e contou com Francisco Duarte como assistente de vídeo. Além do conteúdo publicado no DC, a CBN Diário e o Jornal do Almoço, da NSC TV, exibiram e debateram o material produzido pela reportagem do DC.  
 
Esta é a quinta vez que a repórter especial do DC Ângela Bastos é reconhecida no Prêmio Vladimir Herzog. Em 2015, com a reportagem As Quatro Estações de Iracema e Dirceu, conquistou o primeiro lugar também na categoria Multimídia. Em anos anteriores, já havia recebido três menções honrosas.
 
“Estou muito contente com a premiação que celebra o reconhecimento mais importante atualmente para o jornalismo brasileiro na área de direitos humanos. Vivemos tempos obscuros, marcados por violências, perseguições, intolerâncias, e cada vez que se pronuncia ou se escreve o nome de Vladimir Herzog é como se uma luz acendesse”, declarou Ângela Bastos, que se orgulha de ter escolhido o caminho da grande reportagem para abordar temas relevantes e surpreender as pessoas, valendo-se dos recursos que o ambiente multimídia oferece.
 
Neste ano, o trabalho premiado do DC foi um dos destaques entre os 634 trabalhos inscritos em seis diferentes categorias. O prêmio homenageia o jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado pelo regime militar brasileiro nas instalações do DOI-CODI.
 
Na última quinta-feira (5), outro veículo da NSC Comunicação foi reconhecido por uma produção online. O Jornal de Santa Catarina foi o vencedor do Prêmio Estácio de Jornalismo 2017 na categorial Internet Regional, com uma reportagem sobre blumenauenses analfabetos que, mesmo após décadas de afastamento do ambiente escolar, decidiram aprender a ler e escrever.

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