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Coluna Ozinil | Aprendendo da maneira mais doída
06 de Setembro de 2016

Coluna Ozinil | Aprendendo da maneira mais doída

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Por Prof. Ozinil Martins de Souza 06 de Setembro de 2016 | Atualizado 06 de Setembro de 2016

O tema que abordo na atual coluna é recorrente, pois sempre que possível, retorno a ele. O Brasil vive uma crise de dimensões enormes e seus reflexos se fazem sentir em toda a sociedade. Uma das áreas mais afetadas é a da geração de empregos ou pior, a realidade do desemprego.

O Brasil atingiu em Julho a marca de quase 12 milhões de desempregados. Esta é a face mais desastrosa da política econômica praticada pelo governo populista. O desemprego é com certeza a maior chaga social de qualquer país. Ele atinge as pessoas em sua dignidade, a autoestima desaba e um sentimento de inutilidade apodera-se das pessoas transformando-as em párias da sociedade.

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Ao mesmo tempo em que o desemprego ocorre, a empresa americana de tecnologia Cisco nos informa que, em 2015, somente no Brasil, 195 mil vagas de emprego deixaram de ser ocupadas na área de tecnologia de informação por falta de pessoas qualificadas.

A formação de nossos estudantes está voltada para o passado, quando necessitávamos de trabalhadores dóceis e conformados, que aceitavam trabalhar por anos a fio em atividades monótonas e vazias de sentido. Hoje, isso não é mais possível e, continuamos a pensar que gerando empregos em atividades rotineiras e braçais garantiremos o emprego de milhões de pessoas. Ledo engano! Estamos, sim, condenando-os ao desemprego, a não utilidade. 

Cursos ligados ao futuro estão à mingua de estudantes; a tecnologia da informação, grande geradora de empregos, sente a falta de profissionais qualificados, enquanto as escolas formam milhares de bacharéis que encontraram dificuldade em colocar-se nos postos disponíveis. 

Só um exemplo: o fenômeno que está sendo chamado de “Uberização” veio para ficar. Ele é inevitável e se repetirá em vários setores da economia reorganizando-a, dentro de novos padrões, que exigirão um perfil profissional diferente do que nossas escolas, faculdades e universidades entregam ao mercado de trabalho. Ainda não foi entendido que este processo é irreversível. Até no campo, onde o agronegócio dá aula de eficiência, a tecnologia cada vez mais faz a diferença, tornando-a a área mais competitiva da economia brasileira. 

A tecnologia permitirá, cada vez mais, o surgimento e o desaparecimento de profissões, mudará os processos, automatizará atividades feitas por pessoas, modificará o sentido de vidas. Essa mudança, abrupta ou não, dependerá do preparo que dermos às novas gerações. Hoje, ao analisar as propostas dos candidatos a prefeitos e vereadores, verifiquem quantos fazem menções à Educação, às mudanças na economia, às necessidades de pessoas que saibam pensar. O que tenho visto até aqui causa muita preocupação e, quase a certeza, de que os cenários estão sendo mal construídos.

Se as autoridades que nos conduzirão nos próximos anos não tiverem visão adequada do futuro, o país e as novas gerações estarão, significativamente, comprometidos. 

Para pensar!

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