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Coluna Fabricio Wolff | A vida comunica: teoria e prática
09 de Setembro de 2019

Coluna Fabricio Wolff | A vida comunica: teoria e prática

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Por Fabrício Wolff 09 de Setembro de 2019 | Atualizado 09 de Setembro de 2019

No texto de minha última coluna (20.agosto), discorri sobre a comunicação que a vida faz a toda hora, a todo instante. Nele, sugeri que estar atento aos recados da vida faz com que possamos efetuar melhores escolhas. Pois bem… na última quinta-feira, tive mais uma demonstração clara desta teoria ao participar de um evento em Blumenau – a homenagem a Giselle Margot Chirolli, criadora e “mãe” do paradesporto escolar do município. A sessão solene lotou o plenário da Câmara de Vereadores de paratletas, familiares e professores: a grande família paradesporto. Na oportunidade, o deputado estadual Ricardo Alba fez a entrega de uma placa que representa a Moção de Aplauso aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa.

Para entender melhor o que o paradesporto de Blumenau representa para Santa Catarina, basta dizer que é o núcleo mais consistente de programa do gênero, transformado em política pública no município. Tal programa é extremamente vitorioso dentro e fora das quadras e pistas esportivas. Maior do que o número de medalhas estaduais, nacionais e internacionais que proporciona aos paratletas, é a transformação de vida que propicia aos atletas especiais e às suas quase 500 famílias envolvidas. O paradesporto aumenta a auto-estima, melhora a saúde, a qualidade de vida, gera felicidade à criança ou jovem praticante. Mostra que são (muito) capazes. Dá sentido á vida. Na mesma proporção, alcança os familiares que convivem com esses paratletas, tornando-os mais felizes.

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Antes de iniciar a homenagem da última quinta-feira (5.setembro), conheci pessoalmente e conversei por uns 15 minutos com um menino de 15 anos que há algum tempo faz parte do programa. José Alexandre Martins da Costa é, hoje, um exemplo para todos os demais que praticam o paradesporto em Blumenau. Ele alcançou resultados que sequer sonhava antes de frequentar o programa. Convocado pela seleção brasileira de paratletismo, foi até a Suiça e tornou-se campeão mundial sub-17 em três modalidades. Trouxe a medalha de ouro na corrida de 100 metros, também na de 200 metros e no salto em distância. Melhor foi ouvir dele, ao vivo, o que isto representa para si. Não são só as medalhas, as vitórias na pista… é a possibilidade de conhecer um novo mundo, cheio de experiências e ensinamentos (muitos deles fora do esporte), que provavelmente não teria chance não fosse o paradesporto escolar. Quinze anos e uma maturidade impressionante.

Naquela noite de 5 de setembro, no plenário de uma Câmara de Vereadores, a vida comunicava para mim, para todos os presentes e, ainda, para aqueles que assistiram à transmissão ao vivo do evento feito pela TV Legislativa local. Comunicava muito, várias mensagens que estavam nas palavras, nas pessoas, na emoção… no ar. Dizia da superação, da felicidade, da transformação daquelas vidas. Dizia que somos muito mais do que meros mortais. Somos únicos, somos fortes. Difícil resumir tudo aquilo que a vida comunicou naquele momento, mas a famosa frase do poeta Lindolf Bell, utilizada pelo deputado Alba, que propôs a homenagem, foi feliz ao lembrar que “menor do que meu sonho, não posso ser”. Giselle sonhou e foi maior do que o seu sonho. Hoje transforma vidas que sonham junto com ela e mostram-se maiores do que seus sonhos. 

É a vida, comunicando sempre.
 

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