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Coluna Fabrício Wolff | Fake News e o mercado de trabalho
15 de Agosto de 2017

Coluna Fabrício Wolff | Fake News e o mercado de trabalho

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Por Fabrício Wolff 15 de Agosto de 2017 | Atualizado 15 de Agosto de 2017

Com o advento das redes sociais, aonde a informação chega mais rápida, logo, primeiro, apareceram as “fake news”. As falsas notícias proliferam através de uma primeira transmissão que, muitas vezes, engana incautos que repassam a informação adiante e vão causando, com uma velocidade assustadora, um rastro de mentiras e… desinformação. Dependendo do teor da notícia falsa, pode causar muito transtorno e até prejuízos aos que nela acreditam.

Desde que as redes sociais passaram a fazer parte da vida cotidiana das pessoas, o jornalismo começou a debater quais as mudanças que elas trariam para o próprio jornalismo e para o mercado profissional. O que se vaticinava à época (não muito distante), é o que se vê agora: as “fakes news” ajudam a confirmar que somente vindo de uma fonte confiável a informação tem credibilidade. Ou seja, o mercado do jornalista não está ameaçado pela proliferação de informações oriundas das redes sociais.

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O que acontece é que a internet e as redes sociais permitem uma imensa e descontrolada quantidade de informações e o consumidor da notícia precisa ter cada vez mais capacidade de filtrar o que é bom e o que é ruim, separar joio do trigo. Os mais crédulos tendem a cair, repassar e proliferar bobagens. Esta produção de notícias falsas, no entanto, dá ainda mais importância ao jornalista e ao jornalismo, como fontes confiáveis de informações. 

Logo, não são as redes sociais que tiram mercado do profissional do jornalismo. Ao contrário. Relevam sua importância. Por outro lado, o jornalista precisa, cada vez mais, aprender a lidar com as redes sociais. Elas são impreteríveis no cotidiano da informação e saber usá-las tornou-se divisor de água no mercado de trabalho.

A Associação de Imprensa do Médio Vale do Itajaí (Assimvi), entidade que atualmente presido, vem trabalhando forte na capacitação dos jornalistas para este momento da vida profissional que escancara uma nova realidade: ou o profissional entende as redes sociais como aliadas fundamentais do seu trabalho, ou ficará cada vez mais fora do mercado. As vagas nos veículos de comunicação tradicionais estão minguando e não estar atento a este novo movimento tecnológico da comunicação vai deixar muitos profissionais à margem do processo, reclamando da falta de oportunidades.

As oportunidades existem, elas só mudaram de formato, de lugar. É fato que a reciclagem da prática diária de trabalho incomoda a quem estava acostumado a um modus operandi. As mudanças tendem a impelir as pessoas para fora da sua zona de conforto – e nem todos gostam disso, nem facilitam este processo. Reaprender é sempre mais difícil do que repetir mais do mesmo, mas o mais do mesmo está com os dias contados. 

Àqueles que preferem ficar reclamando da escassez de mercado, das dificuldades da profissão, das agruras da vida um dia escolhida, uma coisa é certa: adaptar-se aos novos tempos ou não é uma escolha e, como já diz o certeiro ditado, “a cada escolha, uma renúncia”. Ou se escolhe a capacitação e adaptação aos novos tempos e se renuncia à zona de conforto, ou se escolhe o mais do mesmo e se renuncia ao mercado de trabalho. Simples assim.

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