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Coluna Fabrício Wolff | Argumentação vale ouro
14 de Fevereiro de 2020

Coluna Fabrício Wolff | Argumentação vale ouro

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Por Fabrício Wolff 14 de Fevereiro de 2020 | Atualizado 14 de Fevereiro de 2020

No cotidiano de nossas vidas, pouquíssimas coisas fazem mais diferença entre o sucesso e o insucesso do que a comunicação. Afinal, é ela que define os avanços (ou não) pessoais e profissionais. Dentro do processo comunicativo, a argumentação é item de fundamental importância para a conquista do objetivo daquele que emite a mensagem. Argumentação é tudo. Ela ganha o embate de ideias, consolida a vitória, conquista apoio e, quando necessário, vira o jogo. É arma fundamental para o sucesso. Tanto que Fernando Pessoa já dizia que “contra argumentos, não há fatos”.

É preciso lembrar que todo o processo comunicativo mira um objetivo. Um simples sorriso busca um resultado: pode ser conquistar a simpatia da outra pessoa, simplesmente fazê-la sentir-se melhor ou acompanhar um pedido de um cafezinho. Sempre há um resultado esperado, ainda que seja fazer bem ao outro. A conquista deste objetivo depende de alguns fatores.

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Um deles é, sem dúvida, a preparação sobre o tema do argumento. Conhecimento nesta hora faz toda a diferença. Tentar convencer alguém de algo, necessita segurança da parte do emissor da mensagem – e a segurança só existe quando se sabe daquilo que está falando. Até um sorriso precisa ser sincero, convincente. Com conhecimento, é possível defender seus pontos de vista, persuadir e convencer.

Outro fator bem importante é a escolha dos argumentos. É preciso evitar falácias e utilizar fatos argumentativos que evitem resistência. Dados numéricos, por exemplo, cumprem esta função. Citações e demonstrações de autoridades no tema específico, também. Bons argumentos colocados da maneira correta, são imbatíveis. Contextualizar, criar um contra-argumento no seu próprio discurso, expor relações lógicas e críticas entre os argumentos e concluir com a afirmação da tese defendida, é o ideal.

Mas na maneira correta deve-se levar em conta, também, o modo de agir: quem levanta a voz, usa palavras agressivas, tergiversa (usa de subterfúgio, desculpa ou respostas evasivas), tem tudo para perder a razão. Calma e tranquilidade na exposição da argumentação é fundamental para convencer – se não o interlocutor, todos aqueles que acompanham a contenda. A postura adotada quando da argumentação no processo comunicativo vale ouro, seja em uma entrevista de emprego, em uma conversa em casa ou num debate público. O mais centrado, aquele que não desespera, dá fortes sinais de estar com a razão. É conhecida a frase “Aprenda a argumentar e nunca mais precisará ter razão”. Ela dá ideia do poder da argumentação.

As redes sociais, por exemplo, estão repletas de emissores de mensagens que não sabem argumentar. Cometem todo o tipo de erro tentando – e jamais conseguindo – fazer valer a sua verdade. Xingam, provocam brigas, expõe-se ao ridículo e, claro, não conseguem convencer ou conquistar ninguém. Berram para o próprio umbigo, muito provavelmente buscando o auto- convencimento. De quebra, praticam a anti-comunicação. E isso, naturalmente, além de não agregar simpatizantes ao seu discurso, potencializa o número daqueles que discordam de suas posições.

Comunicação é arte, mas é simples. A falta de habilidade de lidar com ela é que pode complicar.

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