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Coluna Ana Lavratti: No métier de mãe, difícil não é carregar, é conduzir.
07 de Maio de 2018

Coluna Ana Lavratti: No métier de mãe, difícil não é carregar, é conduzir.

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Por Ana Lavratti 07 de Maio de 2018 | Atualizado 07 de Maio de 2018

 

Não raro, quando sou mestre de cerimônias em lindas formaturas, me impressiono com os discursos em nome da turma. Garotas e garotos tentando ser gentis sob a total ingenuidade que só a experiência haverá de apaziguar. Agradecendo aos pais pelas fraldas trocadas e noites em claro. Ah! Se soubessem… que essa parte é a mais fácil no métier de uma mãe.

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Simples, na maternidade, é tudo aquilo onde se encaixa o “socorro”. Que pode ser dividido. Assumido por avós, pela babá, pelos padrinhos e amigos.

Difícil, no métier de mãe, não é dar colo por horas a fio.

Não é virar tartaruga, levando a casa consigo.

Não é ter o sono interrompido por noites e noites e noites seguidas.

Difícil não é carregar, é conduzir!

Não é brincar, é guiar!

Não é mandar, mas revelar razões!

Perceber os interesses genuínos e se abster até que descubram sozinhos.

Ladrilhar “invisível” o melhor caminho.

Alicerçar as cercas sem interferir nas escolhas.

Amar, zelar, cuidar sem condenar as diferenças, sem fomentar um “clone”, sem se apossar da independência.

 

Difícil, na maternidade, não é alimentar o corpo, é nutrir o espírito.

Conter a vontade de fazer o que já alavancamos ao automático – arrumar o quarto, organizar os papéis, separar a roupa da próxima festa – pra induzir a descoberta dos próprios gostos, do próprio jeito, do estilo que otimiza o amor-próprio e a auto-estima.

E por mais que a gente eduque,

que repita à exaustão protocolos e lições,

nada é tão difícil quanto formatar o coração.

Preparar pro não.

A administrar a frustração.

Mostrar o mérito de persistir, resistir, insistir até reduzir

a distância que separa o desejo da conquista.

Convencer que nenhum “atalho”,

por mais que acelere os resultados,

supera o sabor do aprendizado que só a peregrinação provê.

 

Difícil, na maternidade, não é protelar o sono, pra embalar, amamentar, confortar com amor na hora da cólica. Difícil é questionar(se), antecipar como-quando-o quê posso fornecer pro saldo da vida vencer a expectativa.

Diminuir a incidência dos perigos.

Aumentar a presença dos amigos.

Dividir os problemas em lotes solucionáveis.

Multiplicar os talentos em vitórias colecionáveis.

Porque nada ampara mais uma mãe no seu métier,

do que se convencer…

que tudo aquilo do que a mãe abriu mão,

de abrir pacotes prontos pra descascar as verduras,

do desenho na TV pelo lápis que forja foguete, o papel que vira avião,

da hipnose dos games pelo raciocínio em ebulição,

da conveniência do sim pela conversa e conciliação,

da lua-de-mel a dois pelo deixa pra depois…

tudo convergiu, feito o rio que corre pro mar, no que mãe almeja mais:

um filho seguro, feliz e capaz de viver em paz.

 

 

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