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Coluna Ana Lavratti: Férias em família na Flórida, parte 2
09 de Setembro de 2019

Coluna Ana Lavratti: Férias em família na Flórida, parte 2

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Por Ana Lavratti 09 de Setembro de 2019 | Atualizado 09 de Setembro de 2019

 

Reabastecida pelo Verão com sete escalas – Miami, Fort Lauderdale, Orlando, Winter Park, Celebration, Clearwater e St. Petersburgo – chegou a hora de abrir o coração… Compartilhar nossas escolhas e experiências pra que mais pessoas usufruam desta festa que é ter #FériasEmFamília na Flórida. No nosso caso, como o voo para Miami custa menos do que para Orlando, e como o estresse andava pelas alturas, foi providencial “baixar a bola” na praia antes de subir numa montanha russa. Por isso nos demos dois dias de agenda zerada, sem compromisso com hora marcada. E não é que intuição de mãe sabe tudo?

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Pouco antes do embarque a Lara ficou com a garganta quase trancada. A ansiedade era tanta que se revelou como faringite, com ínguas, febre e muitos calafrios. E se por um lado eu estava prevenida, com diagnóstico médico, termômetro e antitérmico, mãe sabe que nessas horas o coração fica na mão. Quando chegamos nos EUA, a temperatura de Miami e da Lara quase se confundiam, por volta dos 39 graus, trazendo a primeira lição das nossas férias: esteja bem ou mal, de hoje em diante nunca mais embarco sem medicação.

 

Como pra criança não existe dor que um Frappuccino Starbucks, uma panqueca e uma rosquinha Dunking Donuts não disfarce, o último remédio foi mesmo no avião… Com Miami conclamando, Me Ame!, a Lara aos poucos melhorou e nossa trip começou. Pra quem vive em uma ilha, transitar entre as regiões insular e continental chega a ser lugar-comum. Mas ao contrário de Floripa, onde moramos, as ilhas da Grande Miami – como Miami Beach e Key Biscayne – não configuram a mesma cidade. São destinos vizinhos, dentro do mesmo Condado. Dominando ou não as particularidades, o fato é que todos os caminhos levam a…

 

Miami Beach vale para visitas em qualquer ritmo. Desde passeios de lancha e bicicleta até o banho de sol, sem nenhuma pressa… Abraçando a orla de areia generosa, a Ocean Drive concentra tudo o que a gente gosta: quadras de esportes, calçadão, música, turistas estilosos e restaurantes com o preço bem à mostra, afinal ninguém escapa do pedido convertido… do dólar pro real. Bem ao Sul de Miami Beach, os prédios de South Beach são legítimo contraste entre o público cosmopolita e a arquitetura de época, remetendo ao início do século XX e o sofisticado estilo Art Déco.

 

Pra ficar melhor, só com a sorte de flagrar um MOB, tipo o filme “Ela dança, eu danço 4”, gravado bem ali.

 

Pra conhecer uma típica metrópole americana, com arranha-céus espelhados, efervescência cultural e tantas opções gastronômicas que haja apetite e paladar, o segredo é cruzar a ponte e voltar até Miami. Parece incrível como a poucos minutos do astral caribenho de Miami Beach emerge a modernidade frenética de Downtown Miami. O principal distrito financeiro da Flórida pode ser percorrido de Metromover, tipo um trem elétrico com acesso gratuito, e o ideal é ir de dia, quando tudo ali está a pleno vapor.

 

Na falta de tempo pra conhecer Key Biscayne, Miami oferece um subterfúgio: o moderno Bayside Marketplace com vista pra Biscayne Bay. O maior risco, neste caso, é se perder no tempo, entre mais de 150 lojas, comida, entretenimento, e também os três em um, no caso, no Hard Rock Café. Outros programas sem ingre$$o e hora marcada são o Wynwood Arts District, um bairro repaginado com paredões de arte urbana – totalmente instagramável! – e a curiosa Little Havana, onde tudo remete a Cuba e ao idioma espanhol.

 

No nosso caso, como já conhecíamos Miami e precisávamos muito descansar (por conta da febre que deixou a família sem dormir e indigna de posar pra selfie), alguns programas ficaram pra trás. Mas quem levar crianças, por mais tempo, tem muito mais pra fazer. Com toda a sua expertise, a Menton Viagens sugere a Jungle Island, onde é possível acompanhar de perto as façanhas dos animais bem treinados, o Miami Seaquarium, com ares de Sea World, onde o público interage com golfinhos e pinguins,  o Zoo Miami e o Miami’s Children Museum, um playground gigante sob medida pra primeira infância.

 

Quando a quantidade de “atrações” é muito superior à nossa estada, uma agência com atendimento personalizado faz toda a diferença pra organizar & otimizar o esquema das férias. Pra nós, por exemplo, como a agenda já estava lotada de parques em Orlando, e como em Fort Lauderdale o hotel que escolhemos se debruçava sobre a praia, tudo conspirou pra irmos o quanto antes dar o play no paraíso.

 

 

A uma hora de Miami, Fort Lauderdale pertence a outro Condado, Broward, onde também ficam Hollywood, Coral Springs e outros destinos conhecidos. E a cidade é tão linda, com sua orla pipocada de quadras esportivas, marinas, hotéis, restaurantes e bikes pra alugar junto à pista (delimitada em pleno asfalto), que só não fazer nada já é um programão. Pra nossa total surpresa, além do nome brasileiro, Bahia-Mar, nosso hotel nos brindou com o “cookie n. 1” da hotelaria – que faz mesmo jus à fama – e uma passarela suspensa conectando praia e piscina.

 

Migrando assim tão fácil da água doce pra areia, como não se sentir uma sereia?!

 

Apesar do apelido de Veneza Americana, cortada por uma infinidade de canais, as semelhanças com a “Venezia italiana” terminam por aí. Em Fort Lauderdale tudo é moderno, espaçoso e limpo, com passeios de barco e limusine, outlets e galerias, parques e museus. Já conhecendo a cidade, e tendo recém-trocado o rigor do Inverno pelo hemisfério caliente, tudo o que a gente queria era o dolce far niente… A prioridade, desta vez, era deixar o carro estacionado e desvendar a cidade a pé, caminhando no calçadão, correndo na praia, usufruindo do hotel “ilhado”, com mar e marinas por todos os lados.

 

Das muitas opções pra jantar em Fort Lauderdale Beach, não resistimos ao The Hooters. Sem franquias no Brasil desde março deste ano, o bar “mais sedutor” dos Estados Unidos é famoso pelos trajes minúsculos das garçonetes contrastando com sua máxi beleza. Mas nada que extrapole o apelo de marketing, já que o ambiente é familiar, o cardápio acessível, e a vista panorâmica… Ah! É um caso de amor à primeira-vista.

 

 

Na manhã seguinte, adivinha!! Mais praia e piscina. Com muitos exemplos a seguir.

 

– Em toda a orla da praia, os quarteirões são identificados por nomes – bem visíveis nas “torres” que remetem a um Forte -, o que torna muito mais fácil combinar um encontro ou se situar entre as principais avenidas que culminam à beira-mar.

 

– Vários bolsões de estacionamento, com pagamento automatizado, permitem que os motoristas encontrem com facilidade uma vaga à sombra das árvores, sem tumultuar o trânsito na orla da praia com manobras, carga e descarga, embarque e desembarque.

 

– O quesito respeito também precisa ser contado. Em nenhum momento, durante a nossa estada, vimos algum carro invadindo a pista de bicicletas, “só por um minutinho”. Se é proibido parar, melhor não arriscar.

 

– Os acessos para deficientes físicos, com rampas ligando a areia e o calçadão, também são facilmente identificados. E se acaso um quarteirão não contar com rampa, a sinalização indica o acesso mais próximo.

 

– Respeito pela história? Também vi ali. Tipo um hall of fame, o calçadão nomeia em molduras de estrelas eminentes personalidades locais, com destacada contribuição aos esportes, ao turismo, à cultura e à cidade. No hotel Bahia-Mar, onde ficamos, as paredes exibem em grandes fotografias os tempos em que o balneário se resumia à pequena vila.

 

– À noite, além do vai-e-vem das Pedi-cabs, como eles chamam as bicicletas “carruagens” com riquixás, o calçadão ganha charme extra com a iluminação de led instalada sob os muros usufruídos como bancos. Forma discreta de ampliar o conforto e a segurança sem comprometer a privacidade de quem passeia por ali.

 

– No mais, impossível não se surpreender com o zelo pelo meio ambiente. Além das dezenas de demarcações, indicando os berçários de tartarugas, pude contar mais de 100 pessoas limpando a praia em pleno fim de semana. As ações se repetem sistematicamente, atraindo voluntários de todas as idades.

 

E assim, abastecidos por muito sol, mar e civilidade, pegamos a estrada rumo a Orlando, tema da Coluna na próxima segunda-feira.

Admirando as casas com lanchas na garagem, as pontes levadiças e o transporte marítimo, o trânsito fluindo apesar da cidade lotada pela alta temporada. Pensando no quanto é bom quando Estado e cidadãos fazem a sua parte.

Batizado em plena guerra, em honra ao Major William Lauderdale, que ergueu um forte em New River, em 1838, o balneário hoje é festa e paz… e a gente vai embora só pensando em voltar.

 

Acompanhe a colunista Ana Lavratti também no Instagram @analavratti

 

Para ampliar as imagens e acessar o slideshow, clique nas fotos da Galeria.

 

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