Série “Cannes sob o ponto de vista dos criativos de Santa Catarina”, com Rodrigo Ramgrab – D/Araújo
11 de Junho de 2014

Série “Cannes sob o ponto de vista dos criativos de Santa Catarina”, com Rodrigo Ramgrab – D/Araújo

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ramgrab dbsAcontecendoAqui – Qual o conceito que você tem sobre o Festival de Cannes e sua importância na carreira de um criativo?


Rodrigo Ramgrab –
O Festival de Cannes mudou muito desde o seu início, até porque o mundo também sofreu mais mudanças nestes últimos, 10, 15 anos do que nos últimos 50. Assim, é óbvio que os conceitos do Festival também mudaram. Na verdade, o Festival de Cannes, que, diga-se de passagem, nem nasceu em Cannes, mas sim, na cidade de Veneza, em 1953. E é daí que vem o ícone da premiação que é o Leão, que representa as estátuas presentes na Praça de San Marco. Naquela época todos os cinemas da Europa pertenciam a uma família de origem alemã, que teve a idéia de premiar os melhores comerciais veiculados em suas salas de cinema, com intuito de melhorar a qualidade técnica e criativa dos comerciais. Então, a partir daí o Festival foi evoluindo e agregando cada vez mais categorias e premiações. Então um Festival que tinha nascido com poucas peças e poucos prêmios chegou a um ponto que virou uma Feira de Comunicação. O que antes era usado para se conhecer o que existia de melhor no mundo, hoje pode ser visto como uma Feira de Comunicação. Até porque, com o advento da informação, de forma tão maciça, pode-se saber o que foi veiculado em Singapura, Londres ou Nova Iorque. Então as pessoas vão pra lá mais para assistir as palestras do que conhecer os materiais. E é justamente nessas palestras que está o verdadeiro valor do Festival.

 

AAqui – Poucas agências catarinenses já concorreram na premiação. Na sua opinião, por que essa pequena participação?

R. R. – Primeiramente é bem alto o valor das inscrições. Em segundo, poucas agências locais, têm clientes que possibilitem esse trabalho criativo com um entendimento global, que todo material que concorre lá deve ter, na minha opinião. Assim, a possibilidade de inscrições acaba sendo bem reduzida mesmo.

 

AAqui – Você já esteve em Cannes acompanhando o Festival?


R. R. –
Não.


AAqui –  Algum trabalho que teve sua participação já concorreu em Cannes?


R. R. – Sim. Já tive alguns trabalhos concorrendo por lá. Em especial gosto de destacar uma peça que veiculamos para a academia Fernando Scherer no elevador do Beiramar Shopping que foi Shortlist em 2008. Assim, tive o privilégio, juntamente com o diretor de arte Leandro Chaves, de sermos os primeiros profissionais integrantes de uma equipe catarinense, com nome na lista do Palais.

 

AAqui – Por quais motivos você não inscreve trabalhos em Cannes?

 

R. R. – Sempre que posso, inscrevo.

 

AAqui –  Qual trabalho brasileiro pode surpreender em Cannes neste ano?


R. R. – Acho que o Brasil vem de uma safra criativa impressionante. Eu, como brasileiro, torço por todas as agências nacionais que estão com trabalhos lá. Falando de um mercado mais regional que é o do Sul, do qual faço parte, gosto muito de um trabalho feito para a Fundação Dorina Nowill para cegos. Traz como tema “O livro que provavelmente você não poderá ler”, porque é escrito em Braile e traz textos inéditos de escritores consagrados como Luis Fernando Veríssimo, Lya Luft, Martha Medeiros, etc. Outro trabalho que gosto bastante é ‘A Bíblia do Churrasco” um material muito interessante que utiliza diversas técnicas de produção gráfica na idéia. Espero também que o mercado catarinense possa surpreender por lá, até porque tenho materiais inscritos e, obviamente, fico na torcida para ter essa grande surpresa.


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